quinta-feira, maio 26, 2011

Morte das “ladies eagles”

É o fim da temível equipa sénior feminina de basquetebol do Desportivo de Maputo, que colocou África a seus pés ao conquistar, em 2007, em Maputo, e 2008, em Nairobi, Quénia, a Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol, um feito inédito. As atletas e o técnico Nazir Ismael Issufo Salé, que ao longo dos 10 anos à frente das “ladies eagles” conquistou dois títulos africanos e três nacionais, assumiram um vínculo contratual com a Liga Muçulmana, clube que este ano introduziu o basquetebol, num negócio com contornos. Dos 778.400,00 meticais exigidos pelo Desportivo para a cedência das sua atletas pela compensação a título de formação, a Liga Muçulmana acabou pagando apenas duzentos e noventa e oito mil meticais, conforme comprova um cheque datado de 18 de Maio de 2011. Mas vamos aos contornos desta novela: tudo começa quando a Liga Muçulmana envia, a 9 de Maio de 2011, uma carta ao Desportivo a solicitar que este clube apresentasse as condições para a desvinculação das atletas Anabela Cossa, Leia Dongue e Odélia Mafanela. “Não constitui verdade. O Desportivo nunca vai vender nenhuma equipa porque a nossa vocação é praticar o desporto. O Desportivo nunca faria uma coisa desta. O que aconteceu é que o treinador Abdul Salé saiu do Desportivo onde fez nome e foi trabalhar com a equipa feminina de Basquetebol da Liga Muçulmana,diz Adelino Chirindza, vice do clube “alvi-negro”.

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