terça-feira, maio 24, 2011

MDM tenta aguentar pressão interna

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, abordou pela primeira vez em público a alegada “crise” no seu partido, cuja face mais visível foi a demissão do Secretário-Geral (SG), Ismael Mussa. Falando ao Canalmoz ontem em Maputo, Simango disse que “não há ambiente turvo no seio do MDM”.Recorde-se que Ismael Mussa, o então SG, chegou a dizer em entrevista exclusiva ao Canalmoz, que já não se comunicava com o presidente do partido. Numa carta assinada Ismael Mussa, João Colaço, Dionísio Quelhas, Marcelo Cardoso, Henriques Tembe e Abel Quita, encabeçados pelo SG, acusavam Daviz Simango de “gestão autoritária” do partido e de “falta de diálogo”.Daviz Simango tece os seguintes comentários sobre o assunto que figura na carta: “por características próprias e princípios do partido, os quais respeito muito e os coloco em primeiro lugar não costumo comentar sobre as pessoas, muito menos comento sobre certas atitudes de pessoas”.Insistência para que Simango falasse da sua relação com Ismael Mussa e com os restantes subscritores da referida missiva, mas da sua boca não saiu nem sequer uma palavra. Daviz Simango não quer comentar sobre as acusações que pesam sobre si. Apenas diz que “não há nenhum ambiente infernal” e “a saída do SG não afectou o normal funcionamento do partido”.“Há coisas mais importantes como é o caso da preparação dos futuros pleitos eleitorais com os quais estamos preocupados”, disse mudando de assunto.Falando do posto de Secretário-geral, concretamente sobre o substituto de Ismael Mussa, Daviz Simango não avança nomes e diz que tudo dependerá do Conselho Nacional. “Ainda estou empenhado nas actividades correntes do partido. Neste momento não encontro espaço para pensar nisso, porque afinal de contas o partido é vasto e tem desafios e é com estes desafios que estamos preocupados. Neste momento, o presidente do partido acumula as funções de SG e vamos ver o que se vai decidir no Conselho Nacional”, referiu.Ainda sobre o Conselho Nacional, Daviz Simango disse que para além de debater a questão do novo SG, terá como um dos pontos da agenda o Relatório de Contas de 2010, o Plano Estratégico do partido a ser apresentado pela Comissão Política, em função dos processos eleitorais que se avizinham. Ismael Mussa apareceu em público a afirmar ser difícil fazer política quando os princípios são relegados para o segundo plano e passamos a citar – “criticamos a FRELIMO por partidarizar o Estado e nós, MDM, estamos a levar as nossas famílias para a sua direcção. Acusamos de má gestão dos fundos do Estado e a nossa base que é o Município da Beira, foi um dos três no País que não apresentou as suas contas no final do ano” – disse Mussa ( Matias Guente)

0 comments: