terça-feira, março 19, 2013

HIV: vacina é segura


Moçambique realizou o seu primeiro teste de uma vacina contra o HIV  produziu resultados preliminares encorajadores, mas os pesquisadores estimam em meses o período necessário para verificar se ela tornou os pacientes imunes ao vírus causador da SIDA.O estudo, realizado por um consórcio que engloba pesquisadores de Moçambique, Reino Unido e Tanzânia, refere que "a vacina é segura", mas, em breve, deverá ser realizada a segunda fase do teste para demonstrar a sua eficácia, refere hoje a IRIN/PlusNews, uma agência de informação da ONU. Moçambique recrutou 20 por cento da amostra dos 200 pacientes que participam no ensaio clínico que, no país, está a ser feito pelo Centro de Investigação de HIV e Saúde Pública da Polana Caniço, em Maputo. O ensaio clínico vai mostrar uma taxa de prevalência do HIV de, pelo menos, três por cento da população do bairro de Polana Caniço, nos arredores da capital moçambicana, Maputo, permitindo "o mapeamento da área", adianta a agência de informação das Nações Unidas. Dados da Agência da ONU para a SIDA, ONUSIDA, indicam que Moçambique tem uma taxa de sero prevalência de 11 por cento nos adultos com idades compreendidas entre 15 e 49 anos, de um universo de 23 milhões de moçambicanos. O director-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Ilesh Jani, considerou que os estudos, embora preliminares, marcam os primeiros passos importantes em direcção ao reforço do ensaio clínico e a capacidade de pesquisa para doenças como o HIV e a malária, as principais causas de morte no país. "Precisamos envolvermo-nos e assumir a liderança para encontrar as soluções, pois nós devemos estar no banco do motorista, não sentados na parte de trás do carro à espera de alguém para encontrar a resposta", disse Ilesh Jani, citado pela IRIN/PlusNews. Jani admitiu que Moçambique "talvez" ainda não tenha capacidade de desenvolver esses produtos no laboratório, mas tem "a capacidade de testá-los e acelerar a descoberta". Embora os testes não possam ser distribuídos gratuitamente no mercado, segundo ele, espera-se que os produtos testados pelo Centro de Investigação, cujos resultados sejam efectivos, possam ser disponibilizados em países como Moçambique.

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