sexta-feira, fevereiro 15, 2013

"Cwabos" iguais a sí mesmos

O município de Quelimane,  gerido pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), vai erguer um monumento ao “soldado desconhecido”, em homenagem aos “combatentes anónimos”.

Manuel de Araújo, presidente do município de Quelimane, disse haver no país muitos “soldados que amaram a pátria, no anonimato”, sem esperarem alguma recompensa, que deram a sua vida pela independência nacional e democracia e que a sua honra e bravura “não são reconhecidas” até agora.
“Normalmente, temos uma praça dos heróis e nós podemos os nomear em Moçambique, até porque há uma comissão de heróis. Mas há milhares de moçambicanos que perderam a vida para que tivéssemos a independência nacional e a democracia, que morreram em combate e ninguém se lembra deles”, disse Manuel de Araújo.
Para o autarca, a historiografia política de Moçambique ainda não reconhece nem exalta os jovens que deram as suas vidas pela causa nacional, particularmente da guerra de libertação de Moçambique do jugo colonial, e depois pela democracia.
“Acho que eles (soldados desconhecidos) merecem”, enfatizou Manuel de Araújo, assegurando que a praça será erguida nos próximos nove meses, ou seja, antes do fim do seu mandato de dois anos, que termina em outubro próximo.
Para os moçambicanos não inclusos no monumento, disse, foi criado um movimento que deverá rever a toponímia da cidade de Quelimane para reconhecer políticos, músicos, poetas ou futebolistas. “Criámos uma comissão que está fazer a revisão da toponímia da cidade, que inclui líderes religiosos, régulos, académicos e sociedade civil, para reconhecermos alguns nomes que merecem ter uma rua em sua homenagem”, explicou De Araújo.

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