quarta-feira, junho 22, 2011

33 dólares para alimentar 4 crianças

Com apenas 14 anos de idade, a menina Amélia Sitoe é uma das crianças moçambicanas que, ainda em tenra idade, as vicissitudes da vida forçaram-na a cuidar dos seus irmãozinhos deixados a sorte de Deus depois da morte prematura de seus pais.O drama de Amélia e seus irmãos não é dos meninos órfãos na sequência da morte dos pais por causa da SIDA, mas nem por isso deixa de ser penosa. O pai morreu há quatro anos por doença, enquanto a mãe perdeu a vida em Março passado vítima de acidente de viação.Com a sua morte, o casal deixou quatro filhos, sendo a mais velha, de nome Rosângela, de apenas 22 anos, e o mais novo de nove. Rosângela encontra-se na capital do país, Maputo, que dista cerca de 100 quilómetros da Moamba, onde trabalha para auferir um mísero salário de mil meticais (cerca de 33 dólares americanos).Assim, Amélia é a única “mulher” que fica em casa a cuidar do dia-a-dia da família, que além dela também inclui um rapaz de 18 anos de idade.“As vezes temos o que comer, mas as vezes não temos”, disse Amélia, em conversa com jornalistas que acompanham a Primeira-Dama da República, Maria da Luz Guebuza, que se encontra a fazer uma visita de trabalho a província de Maputo de quatro dias iniciada na Segunda-feira. "A nossa irmã (Rosângela costuma comprar alguma coisa, a nossa avô que vive em Namaacha também nos tem ajudado. Vivemos assim mesmo”, disse Amélia, com uma expressão de tristeza no seu rosto e uma voz trémula. A Primeira-Dama da República deslocou-se ao distrito de Moamba onde foi-se inteirar da forma como algumas crianças órfãs vivem e manifestar a sua solidariedade. “Não devemos parar de sonhar”, disse Maria da Luz dirigindo-se aos quatro meninos. “Vocês devem reconhecer a vossa situação, mas também devem ter uma forte determinação para avançar na vida”.Na ocasião, Maria da Luz Guebuza orientou o seu elenco, bem como as estruturas distritais para prestar apoio àqueles menores, acompanhando a sua educação e formação.Estranho é o facto de, apesar de residir nos arredores da vila, estas crianças não estão a beneficiar de nenhum apoio do Governo local.

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