quinta-feira, julho 15, 2010

Gases tóxicos sobre Maputo

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental confirmou ter autorizado a empresa de fundição de alumínio, Mozal (BHP Billiton), a operar no sistema Bypass, que consiste na emissão directa dos gases tóxicos produzidos nas suas actividades, apesar da posição contrária dos ambientalistas, para o perigo deste tipo de operações. Foi necessário um mês para o governo corresponder às pretensões da Mozal (17Km de Maputo), depois de ter recebido estudos conclusivos que afirmam não haver danos para o ambiente, uma vez que os níveis de poluição seriam mínimos. Durante os próximos seis meses, período previsto para a conclusão do processo de substituição dos filtros das emissões de gases produzidos, as comunidades circunvizinhas da fábrica, até ao raio de 40 km, segundo ambientalistas, estarão expostos a diversos tipos de poluição a vários níveis, desconhecendo-se os efeitos que poderão resultar para a sua saúde. Residentes próximo à Mozal, afirmam que a empresa prometeu disponibilizar transporte para o transporte de possíveis afectados que necessitem de tratamento hospitalar, contudo, a questão de tratamento médico não foi avançada. A dormência quando se fica na mesma posição ou se cruza as pernas; grande oleosidade no couro cabeludo e queda de cabelos; descalcificação dos ossos e dentes causando osteoporose; depósitos no cérebro, característicos do mal de Alzheimer , são alguns dos sintomas da contaminação pelo alumínio.A fundição de alumínio Mozal lidera a lista das 100 maiores empresas de Moçambique, lugar que mantém há vários anos, com lucros em 2009 de 10,668 milhões de meticais (cerca de 236,6 milhões de euros), seguida da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), com 3,998 milhões de meticais (cerca de 88,69 milhões de euros) que subiu para segundo, e o Millennium BIM, que obteve 1,755 milhões de meticais (39 milhões de euros) descendo de segundo para terceiro lugar. A Mozal e a Sasol, multinacionais que operam em Moçambique a uma década, estão isentas de pagar impostos e só ano passado usufruiram de 108 milhões de euros de benefícios fiscais,

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