sexta-feira, julho 02, 2010

Beberolas no exército

A disciplina e essencial para qualquer segmento da sociedade, civil ou militar.Uma empresa, por exemplo, que não tem disciplina concerteza terá grandes possibilidades de caminhar para a falência.

Para o caso vertente seguir a vida militar com a crença de que não estará sujeito aos preceitos disciplinares fica a saber que se sentira infeliz na sua actividade. A disciplina é a argamassa que liga todas as virtudes militares - lealdade, coragem, frontalidade, patriotismo, sentido da honra e da justiça, gosto pelas responsabilidades e pelo risco. Duvidas se alguns dos militares que corporizavam a guarda de honra na manhã do dia 25 de Junho de 2010, na praça da Independência, ainda se lembram das referidas virtudes .Entristece a forma como a farda é deserespeitada, ultrajada e colocada em segundo plano. Debaixo daquele sol de certeza era possível identificar pelo “bafo” os que horas antes tinham ingerido numa tasca a poucos metros do local da cerimónia central dos 35 anos de Moçambique, uns duplos de "scotch", cerveja.....

Uns riam-se, outros abanavam a cabeça de condenação diante de tal cena.

Sem disciplina, uma força armada não passa de um bando de «bons rapazes». Na realidade, só há disciplina quando há cumprimento exacto e em tempo correcto das leis, regulamentos e ordens militares. O militar para, de facto, ser disciplinado não pode só estar cheio de boa vontade; é necessário que cumpra, realmente, a disposições que lhe são apontadas. Se é certo que a disciplina tem uma função social militar e uma função operacional, não é menos certo que tem uma função individual, que se define pelo desejo de perfeição no cumprimento das obrigações militares. Assim, a disciplina serve individualmente para que cada elemento das forças armadas aprenda a superar os seus defeitos e as suas incapacidades, de modo a não colocar os outros em riscos para os quais não contribuíram. A disciplina militar é uma regra de vida que todo o elemento da instituição castrense tem por obrigação seguir e observar em cada dia, de forma a que seja sempre mais capaz de cumprir, na perfeição, as missões que lhe forem destinadas. Esta a razão pela qual, muitas vezes, se consegue adivinhar que determinado indivíduo é militar, quando se apresenta à paisana e sem quaisquer indicativos de pertença à instituição militar; do porte às atitudes, dos gestos às palavras, dos conceitos que defende à forma como o faz, tudo são indicadores militares. Eis a razão por que o militar disciplinado é sempre um militar disciplinador; ele difunde a disciplina como regra de vida, como forma de estar e, acima de tudo, como forma de ser.

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