segunda-feira, abril 22, 2013

Pesca de pequena escala, uma ideia , uma aposta

Moçambique aposta no desenvolvimento da pesca de pequena escala e da aquacultura, por considera-los vectores estratégicos para a segurança alimentar e aumento da contribuição líquida do sector para um maior equilíbrio da balança de pagamentos.Segundo o ministro das Pescas, Victor Borges, o sector das pescas em Moçambique desempenha um papel estratégico na segurança alimentar e nutricional, captação de divisas e geração de emprego com uma produção que ascende a mais de 200 mil toneladas anuais de pescado capturadas nas águas marítimas e continentais. Cerca de 90 por cento da produção pesqueira global em Moçambique é proveniente do subsector da pesca artesanal”, explicou Victor Borges.Segundo Borges, os produtos pesqueiros ocupam o quinto lugar nas exportações globais de Moçambique, sendo por isso um sector económico que contribui actualmente com dois por cento para o Produto Interno Bruto (PIB) e contribui para a Balança Comercial com uma média de 75 milhões de dólares por ano.O consumo per capita de pescado ronda os 10 quilogramas/ano, quantidade que segundo Borges, está ainda abaixo dos níveis fixados pelos Organismos Internacionais, mas que o pescado representa 50 por cento da proteína animal consumida em Moçambique.Na componente de infra-estruturas, o Governo encoraja iniciativas privadas de desenvolvimento da indústria de processamento do pescado em terra, tendo em vista o aproveitamento da produção pesqueira de pequena escala, que representa cerca de 90 por cento da produção pesqueira global do país;“A pescaria de atum está nas nossas atenções e acções estão em curso com vista a inverter o cenário actual, caracterizado por operações de pesca offshore por frotas estrangeiras para que esta pescaria esteja mais ligada à economia nacional e que a sua exploração se traduza em ganhos económicos reais para o país, o que será possível com a construção de uma indústria atuneira nacional”, reconheceu Borges. O governante destacou que os pescadores e piscicultores, que ainda utilizam tecnologias e meios de produção aquém de oferecer segurança no mar e nas suas culturas, são um segmento vulnerável e em permanente estado de ameaça e instabilidade, devidos aos ciclones, inundações, secas, terramotos e tsunamis que têm ocorrido de forma cíclica e cada vez mais intensa.Segundo Borges, a alteração das condições do oceano, particularmente na temperatura da água e a biogeoquímica, está a afectar a produtividade pesqueira dos ecossistemas marinhos, com efeitos económicos sobre a pesca em todo mundo, portanto não se pode ficar indiferente a estes fenómenos ecológicos, ambientais e socioeconómicos. Organizado pelo Ministério das Pescas em coordenação com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Nova Parceria para o Desenvolvimento de Africa (NEPAD), Agencia de Planificação e Coordenação (NPCA) e o Pograma SmartFish, o encontro visa a partilha de experiências e identificar boas práticas.

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