quinta-feira, junho 14, 2012

Análise de Mouzinho de Albuquerque

É que sei ajuizar, em cada momento, pelo menos cá do sítio, os comportamentos dos nossos dirigentes e avaliar a sua entrega e disponibilidade para serviço público e para o bem-estar das populações. É que desta forma, se poderá reforçar a interacção entre a sociedade, instituições e dirigentes a vários níveis.
E por falar de instituições, neste caso públicas, dizer que é bom que esteja a ser implementado neste sector o processo de reformas, que visam principalmente a melhoria na prestação de serviços aos cidadãos. Por conseguinte, cada vez mais me convenço, que tal melhoria passa também pela disponibilidade de infra-estruturas adequadas a essas instituições, por forma a que os que nelas trabalham possam ter espaços suficientes e condignos que lhes permitam planificar actividades viradas para o desenvolvimento e tomar decisões importantes da vida da nação.
O facto é que há situações que considero inexplicáveis na Direcção Provincial da Mulher e Acção Social em Nampula, ali no entroncamento entre as avenidas 25 de Setembro e Eduardo Mondlane, que, por vezes, deixam os utentes ou quem por ali passa, tanto quanto atónito e incrédulo, dando a transparecer a falta de atenção e interesse, não só por parte da ministra ou vice-ministro do pelouro, como do respectivo director incluindo o conselho municipal, no sentido de corrigi-las rapidamente.
Indo directo ao assunto, dizer que essa direcção ainda continua a funcionar numa antiga residência, e mais do que isso, o espaço é muito pequeno para albergar uma instituição da dimensão da Direcção Provincial da Mulher e Acção Social em Nampula. Há muito que já deveria ter sido construído um novo edifício maior noutro sítio. Na tentativa de resolver o problema de exiguidade de espaço, tem-se optado pela construção de pequenos cubículos que servem de gabinetes dentro do quintal da principal infra-estrutura. Essa opção torna ainda o espaço mais reduzido, que nem para estacionar ou guardar viaturas chega.
Se por um lado a execução de obras de remodelação e/ou construção de infra-estruturas naquela direcção, com vista a fazer face ao espaço diminuto do principal edifício onde funciona, torna aquele sector um local em que se possa ver e perceber a aparente vontade de lutar contra as dificuldades de disponibilidade de espaço, por outro, é preciso estar ciente que tais edificações podem pôr em causa a própria postura camarária. Tal é o caso do novo cubículo que está ainda em construção, que mesmo concluído não conferirá estética nem dimensão inovadora daquela direcção, daí que não me darei por satisfeito com essas construções.
O mais preocupante é que esse cubículo está num sítio impróprio e virou “costas” à avenida 25 de Setembro. Sinceramente não quero acreditar que aquela obra tenha sido autorizada pelo Conselho Municipal da Cidade de Nampula que sempre defendeu o cumprimento da postura municipal. Todavia, não me parece existirem mais razões para que aquela direcção continue a construir “casotas” que põem em causa a sua própria imagem.
O Ministério da Mulher e Acção Social tem que apostar já em infra-estruturas condignas e dignificantes para a sua direcção provincial de Nampula. Urge acabar a vergonha de andar de “remendo” a “remendo” que se verifica naquele sector chave para o combate à pobreza absoluta, que fustiga a maior parte dos cidadãos deste país, tanto é que temos muito espaço na cidade de Nampula para a construção de infra-estruturas, da mesma forma que as autoridades municipais deveriam repensar a construção desses “remendos” naquela direcção, claro se quer que as normas da postura municipal sejam cumpridas para o bem da estética elegante da cidade de Nampula.(M .A)

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