segunda-feira, novembro 01, 2010

Na era Bush o pessimismo era menor

A primeira vez que se examinou o estado de espírito dos americanos foi em 1970, tal como agora, em vésperas de eleições para o Congresso. Agora publicou-se um novo estudo do género que revela que o pessimismo é esmagador, com mais de 75% da população a confessar que os EUA vão de mal a pior.No topo da lista de preocupações está a economia e seis em cada dez americanos observa com temor a situação do desemprego (a taxa ronda os 10% e é das mais altas desde a Segunda Guerra Mundial).O défice das finanças públicas, os impostos e o risco de não poder cumprir com o banco no pagamento do crédito à habitação são outras das dores de cabeça dos americanos. A este propósito, um estudo recente do instituto Pew revelou que 63% dos californianos pode deixar de pagar o seu crédito à habitação nos próximos meses.Mesmo quando os republicanos reconquistaram o Congresso aos democratas, em 1994, durante a administração Clinton, ou mais recentemente em 2006, quando a esquerda derrotou a direita, penalizando a presidência Bush, o pessimismo da população rondava os 50%.É a economia estúpido. Nem a guerra do Iraque ou do Afeganistão, o terrorismo, a reforma do sistema de saúde ou a energia mobilizam tanto os americanos, uma vez que cada um destes assuntos preocupa apenas 8% da população.É este o estado de espírito da nação americana e é contra ele que Obama tem de lutar. A primeira batalha é amanhã, com o eleitorado a eleger uma nova Câmara dos Representantes (Câmara Baixa do Congresso) e 37 novos senadores, bem como outros tantos Governadores. À margem deste processo, irão realizar-se referendos em vários estados.A oposição republicana capitaliza, com as sondagens a indicarem uma vitória na Câmara Baixa e uma possível reconquista do Senado.Em 2008, Obama pediu uma mudança e ela pode estar a caminho.(Expresso)

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