terça-feira, dezembro 11, 2012

Polvo para quem gosta!

Enormes quantidades de polvo moçambicano podem estar a ser exportadas ilegalmente para Europa, a partir do distrito setentrional de Palma, em Cabo Delgado, através da Tanzânia, soube o Noticias” de fonte oficial.O director provincial das Pescas, Carvalho Mussa, confirma a informação e diz que o executivo de que faz parte está preocupado com o fenómeno, razão porque uma missão composta por técnicos da administração pesqueira foi enviada àquele distrito fronteiriço, para trabalhar com as Alfândegas locais, com vista a controlar a situação.A alegada exportação ilegal daquele produto pesqueiro, de acordo com Mussa, está acontecer de forma clandestina sem o conhecimento das autoridades provinciais, uma acção que se crê seja protagonizada por armadores tanzanianos que entram nas águas territoriais moçambicanas, que contam com uma pretensa conivência de nacionais. “Temos conhecimento que isso está acontecer no distrito de Palma, recebemos uma denúncia nesse sentido, estamos preocupados, por isso enviamos a referida comissão”, disse aquele membro do governo provincial de Cabo Delgado.O “Notícias” soube que não obstante as autoridades saberem da existência de tais indícios que configuram como uma ilegalidade e lesam o Estado moçambicano, ainda não há quem tenha ou esteja a responder por tais actos.Mussa afirmou que sabe da crise de polvo na Europa nos últimos dias, o que pode estar por detrás da sua captura desenfreada. Acrescentou que tem informações de que depois de capturado ilegalmente nas águas moçambicanas o produto é contrabandeado para a vizinha Tanzânia, onde supostamente recebe o rótulo daquele país vizinho com o qual é identificado no “velho” continente, contra as normas que regulam o comércio internacional. “Porque em condições normais para a exportação seria necessária uma certificação sanitária do país de origem (neste caso Moçambique) do produto, mas não é o que está acontecer, pelo contrário os ilegais falsificam a proveniência da mercadoria”, disse. Carvalho Mussa falou duma fraca fiscalização naquela zona fronteiriça, o que dá campo aos ilegais que pilham os recursos pesqueiros nacionais, alegadamente devido à falta de recursos materiais e humanos para a manutenção duma rotineira e permanente controlo da fronteira marítima. As águas oceânicas de Palma, ainda de acordo com aquele responsável, são reconhecidamente ricas em abundância daquele tipo de marisco, cuja qualidade pode estar a atrair os pescadores ilegais, desta feita em moldes comercialmente competitivos. 

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