Um grupo de cinco estudantes finalistas do
curso de Aquacultura na Escola Superior de Ciências Marinhas, na cidade de
Quelimane, a capital da província central da Zambézia, decidiram juntar os seus
esforços e criar uma empresa Aquacultura de Quelimane (Aquacquel).Trata-se de
jovens empreendedores que depois de terminar o curso em 2010, decidiram abraçar
o empreendedorismo, desenhando no mesmo ano um projecto para criação de camarão
em tanques piscícolas, iniciativa positivamente apreciada pelo Instituto
Nacional de Desenvolvimento da Aquacultura (INAQUA).Para financiar o projecto,
o INAQUA disponibilizou 10 milhões de meticais (pouco mais de três de três
milhões de dólares americanos) desembolsados em tranches, tendo até ao momento
sido gastos cerca de três milhões na construção de quatro tanques dos quais
dois já foram povoados e estão a produzir peixe da espécie tilápia.Miguel
Chele, falando em nome do grupo, disse que no primeiro dos tanques povoados
foram lançados 11 mil alevinos e esperam colher, em princípios de Fevereiro,
uma tonelada e meia de peixe. No segundo tanque foram lançados 25 mil alevinos
e a expectativa é colher cerca de 10 mil toneladas de tilápia para abastecer o
mercado interno. “Já temos clientes identificados nos mercados de
Quelimane e Nampula, e estamos em negociações com a AQUAPESCA e a EFRIPEL para
entrarem no processamento do peixe logo que atingirmos uma produção de larga
escala”, disse Chele.“Agora estamos a construir um barco para escoar a nossa
produção através do Rio dos Bons Sinais, pois o local onde está instalado o
nosso projecto dista a cerca de três quilómetros da cidade de Quelimane e o
acesso e feito a pé, de bicicleta ou de motorizada apenas e em caso de chuva o
terreno e lamacento é escorregadio”, disse Chele.Neste momento, a Aquacquel,
que segundo Chele emprega 11 pessoas, vê as suas metas comprometidas uma vez
que o projecto era, em princípio, para produzir camarão mas devido a
dificuldades de aquisição de larvas deste marisco no mercado interno acabaram
optando pela tilápia que esta a ser alimentada com ração de camarão que e muito
cara.“Estamos agora em contacto com uma empresa das Maurícias que produz ração
para tilápia e a proposta avançada por essa empresa e bastante animadora, uma
vez que o quilograma vai nos sair a um preço de 30 meticais e o produto será
importado directamente para o porto de Quelimane”, explicou Chele.O outro
problema que esta a desgastar os jovens é o facto de ainda não lhes ter sido
concedido o Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT. O pedido foi
submetido ao Município de Quelimane, no mandato do edil cessante Pio Matos e já
foi indeferido duas vezes devido a um erro de localização cometido pelos
técnicos da edilidade.O distrito de Quelimane conta actualmente com 14 tanques
piscícolas que ocupam uma área de 8.091 metros quadrados que foram povoados com
8.600 alevinos.
O Instituto Agrário de Mocuba, na província
central da Zambézia, aguarda o aval do Programa Integrado de Reforma do Ensino
Técnico Profissional (PIREP) para introduzir a disciplina de piscicultura, como
cadeira de formação no currículo de especialização dos seus estudantes.Hilário
Canga, director do estabelecimento de ensino, disse que a documentação já foi
submetida ao PIREP, há quase dois anos mas não tem até hoje a devida resposta e
sem esse aval todo o esforço feito no sentido de se implementar a iniciativa é
nulo.A iniciativa surgiu no âmbito de uma parceria, entre o Instituto Nacional
de Desenvolvimento da Aquacultura (INAQUA) e a Agência de Cooperação do Canada
que desembolsaram cerca de 700 mil meticais (pouco mais de 24 mil dólares
americanos) que estão a ser aplicados nas actividades preparatórias para a implementação
deste programa.No âmbito da parceria, segundo Canga, a Agência Canadiana
tinha-se prontificado a buscar junto de seus parceiros um financiamento à
instalação de um laboratório de investigação pesqueira, projecto que não
avançou por falta de um aval para o instituto implementar o projecto.Jose
Halafo, director adjunto do INAQUA, explicou que a introdução da disciplina no
instituto está integrada no conjunto de acções que a instituição está a
desenvolver em parceria com o Ministério da Educação (MINED) com o objectivo de formar jovens empreendedores.“Estamos a começar por Mocuba mas já existem outras iniciativas similares em outras instituições como é o caso dos institutos agrários de Boane (Maputo), Chimoio e Artes Ofícios também de Chimoio”, explicou Halafo.Halafo adiantou que os módulos que constituem o currículo para formação nesta área já foram desenhados e integram as componentes de abertura de tanques, fertilização, povoamento, maneio, colheita e tratamento dos tanques no período pós-colheita.Segundo Telma Mateus, professora encarregue de implementar a iniciativa no Instituto Agrário de Mocuba, disse que através da parceria entre o Instituto/INAQUA e a Cooperação Canadiana foram formados cinco professores em matérias de Aquacultura estando agora em curso o processo de abertura de tanques.“Já estaríamos a criar peixe mas tivemos problemas de infiltração de água, que até agora ainda não foram resolvidos por isso apelamos a todos os parceiros para darem o apoio necessário de modo a que a iniciava vá avante”, disse Telma Mateus.Porém, a infiltração de água nos tanques poderá, segundo o director adjunto do INAQUA, ser resolvida com a introdução de lonas, pois o melhor seria a introdução de betão, tendo em conta a importância que esta iniciativa vai jogar na formação prática dos estudantes e das comunidades.A iniciativa, segundo Telma Mateus, vai abarcar também a formação de pessoas vindas das comunidades, tendo em conta que os recursos pesqueiros no rio Licungo tendem a reduzir devido a enorme pressão que sofre e já não se consegue tirar peixe em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades de consumo da população.“Devido ao problema, existe agora um grande interesse dos membros das comunidades em criar o seu peixe. Para satisfazer esta procura vamos funcionamento.O que se pretende no instituto, segundo Mateus, é criar um espaço de interesse social e intercâmbio entre os estudantes dos cursos de agro-pecuária e os agricultores de diferentes distritos da província da Zambézia que querem saber como fazer para abraçarem aquacultura.introduzir cursos de curta duração especialmente para a população”, destacou Telma Mateus.Para a abertura dos dois tanques o instituto contou, segundo a fonte, com mão-de-obra proveniente das comunidades, num total de 20 pessoas que serão os primeiros beneficiários do curso de formação logo que o programa tiver o aval para entrar em funcionamento.O que se pretende no instituto, segundo Mateus, é criar um espaço de interesse social e intercâmbio entre os estudantes dos cursos de agro-pecuária e os agricultores de diferentes distritos da província da Zambézia que querem saber como fazer para abraçarem aquacultura.
desenvolver em parceria com o Ministério da Educação (MINED) com o objectivo de formar jovens empreendedores.“Estamos a começar por Mocuba mas já existem outras iniciativas similares em outras instituições como é o caso dos institutos agrários de Boane (Maputo), Chimoio e Artes Ofícios também de Chimoio”, explicou Halafo.Halafo adiantou que os módulos que constituem o currículo para formação nesta área já foram desenhados e integram as componentes de abertura de tanques, fertilização, povoamento, maneio, colheita e tratamento dos tanques no período pós-colheita.Segundo Telma Mateus, professora encarregue de implementar a iniciativa no Instituto Agrário de Mocuba, disse que através da parceria entre o Instituto/INAQUA e a Cooperação Canadiana foram formados cinco professores em matérias de Aquacultura estando agora em curso o processo de abertura de tanques.“Já estaríamos a criar peixe mas tivemos problemas de infiltração de água, que até agora ainda não foram resolvidos por isso apelamos a todos os parceiros para darem o apoio necessário de modo a que a iniciava vá avante”, disse Telma Mateus.Porém, a infiltração de água nos tanques poderá, segundo o director adjunto do INAQUA, ser resolvida com a introdução de lonas, pois o melhor seria a introdução de betão, tendo em conta a importância que esta iniciativa vai jogar na formação prática dos estudantes e das comunidades.A iniciativa, segundo Telma Mateus, vai abarcar também a formação de pessoas vindas das comunidades, tendo em conta que os recursos pesqueiros no rio Licungo tendem a reduzir devido a enorme pressão que sofre e já não se consegue tirar peixe em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades de consumo da população.“Devido ao problema, existe agora um grande interesse dos membros das comunidades em criar o seu peixe. Para satisfazer esta procura vamos funcionamento.O que se pretende no instituto, segundo Mateus, é criar um espaço de interesse social e intercâmbio entre os estudantes dos cursos de agro-pecuária e os agricultores de diferentes distritos da província da Zambézia que querem saber como fazer para abraçarem aquacultura.introduzir cursos de curta duração especialmente para a população”, destacou Telma Mateus.Para a abertura dos dois tanques o instituto contou, segundo a fonte, com mão-de-obra proveniente das comunidades, num total de 20 pessoas que serão os primeiros beneficiários do curso de formação logo que o programa tiver o aval para entrar em funcionamento.O que se pretende no instituto, segundo Mateus, é criar um espaço de interesse social e intercâmbio entre os estudantes dos cursos de agro-pecuária e os agricultores de diferentes distritos da província da Zambézia que querem saber como fazer para abraçarem aquacultura.
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