domingo, outubro 09, 2011

“Suiça da África”

O clima de descontentamento contra líderes políticos está a tornar-se cada vez mais preocupante no Botswana, país considerado como sendo o modelo de governação democrática em África.O Presidente Ian Khama tem vindo a ser alvo de uma onda de críticas por vários quadrantes da vida por causa do seu estilo autocrático.Citando fontes de organizações sindicais e oposição naquele país, jornais na vizinha África do Sul descrevem o Presidente Khama, 52 anos, de autoritário e de não escutar a ninguém. Como resultado disso, o Secretário-Geral do Partido Democrático do Botswana (BDP), no poder, Kentse Rammidi, abandonou o cargo, sob pretexto de falta de democracia no seio da organização e próprio estilo autocrático do Presidente.A decisão de Rammidi foi momentos seguida por Peter Siele, Ministro do Trabalho e Assuntos Internos, após o governo de Khama barrar trabalhadores daquele sector de realizarem greves.Alguns sectores da vida no Botswana clamam que a impopularidade de Khama deve-se ao facto da sua mãe ter sido uma britânica e por ele ser solteiro, o que não é normal para um político da sua craveira.
Conhecido por “Suiça da África”, Botswana depende do apoio dos países ocidentais, cujos diplomatas fazem uma avaliação positiva da democracia, do sistema legal e economia daquele país da região.O posicionamento pro-Ocidente do governo de Khama tem criado alguma impressão na região. Julius Malema, presidente da Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANCYL), na África do Sul, criticou o BDP, acusando-o de um instrumento de imperialismo e uma ameaça à segurança da África.Apesar do ponto de vista de Malema não ter os seus efeitos, diplomatas ocidentais em Gaberone, a capital do Botswna, estão preocupados pela crescente tensão política e social no país.O Executivo de Khama deverá assim lidar-se com tensão social, a avaliar pela onda de manifestações e greves, por incremento salarial de 16 por cento, além de outras questões que preocupam o público.Khama ordenou, há dias, a polícia para reprimir manifestantes. A situação só viria a calmar quando o Presidente autorizou o aumento salarial de três por cento, mas jornais na África do Sul dizem que a situação continua preocupante.Com potencialidades minerais, o desemprego no Botswna situa-se em 25 por cento, numa população de cerca de dois milhões de pessoas.

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