sexta-feira, outubro 07, 2011

Eu não poderia vir descalça

Uma cidadã identificada por Shameela Mahomed Markda Gani, denunciou aos orgãos de comunicação locais maus tratos e a acusação de roubo de que foi vítima no princípio da noite de de quarat-feira no supermercado Shoprite, na Beira, acto que envolveu um dos agentes de segurança, de nome António Fernando. Ela, para além de ter sido maltratada, foi acusada de ter roubado um par de sandálias naquele estabelecimento comercial. A cena teve lugar quando a referida cidadã se preparava para deixar o supermercado, depois de esta ter feito o pagamento dos produtos.No lugar de fazer a conferência dos produtos na porta da saída, o segurança “arrastou” a cidadã Shameela Gani para o seu departamento, onde viria a revistá-la juntamente com outros três colegas seus.Conforme ela mesmo contou, o segurança em alusão não teve tempo nem paciência de confrontar a factura do pagamento com os produtos que trazia na carrinha, senão acusá-la de ladra perante outros clientes, enquanto era conduzida ao departamento do pessoal de segurança. “Mesmo havendo alguma suspeita de roubo, o segurança devia, em primeiro lugar, fazer o confronto entre a factura que eu trazia e os produtos que estavam na carrinha e não acusar-me de ter roubado um par de sandálias e levar-me para o seu gabinete” – disse a vítima, afirmando que o cenário aconteceu publicamente, facto que denegriu a sua imagem. Adiante, Shameela Mahomed Markda Gani, que minutos depois mandou chamar o seu esposo, deu a conhecer que, na verdade, não havia na referida carrinha nenhum produto roubado, pois o par de sandálias no qual se centrava a suspeita tinha sido pago e constava da factura apresentada. Afirmou ainda que o referido segurança questionou o aparecimento de um outro par de sandálias, que a Shameela Mahomed Markda Gani calçava. “Eu não poderia vir a Shoprite descalça e não vejo nenhuma relação entre a grave acusação de roubo e os maus tratos com as sandálias que eu trazia. Portanto, foi uma difamação e alguém terá que reparar os danos causados, pois as pessoas que assistiram a cena têm na mente que eu teria extraviado algo naquela loja e é a minha imagem que ficou suja” – anotou a interlocutora, para quem medidas sérias devem ser tomadas para que situações idênticas não voltem a acontecer com outros clientes da Shoprite.Entretanto, o chefe dos seguranças, um cidadão de nacionalidade zimbabweana, cujo nome não foi possível apurar, inteirou-se da situação, tendo imediatamente pedido desculpas a Shameela Mahomed Markda Gani, acto que foi corroborado pelo gerente do supermercado, Tiago Sitói. No entanto, redondou sem sucesso ouvir a versão do gerente da Shoprite sobre o assunto, pois este não se encontrava no seu local de trabalho e o seu telefone celular dava indicações de estar fora de rede.

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