quarta-feira, outubro 26, 2011

“Dos Frutos do Amor e Desamores até à Pátria”

O escritor Adelino Timóteo, lançou, segunda-feira, na cidade da Beira, um livro de poesia intitulado “Dos Frutos do Amor e Desamores até à Pátria” . Trata-se de uma obra literária dividida em duas partes, nomeadamente “Frutos do Amor” e “Desamores até à Pátria”. Falando na cerimónia de lançamento do seu quarto livro de poesia que decorreu no Centro Cultural Português Pólo na Beira, Adelino Timóteo disse que os poemas inseridos naquela obra têm uma relação com o dia-a-dia da sua própria vida desde a infância até aos momentos actuais. Contou ainda que muitos leitores do seu recente livro têm lhe questionado sobre o título da segunda parte da obra, “Desamores até à Partida”. Em resposta ele diz que fala dos momentos em que começava a ganhar consciência da considerada vida dura.O livro em questão, que aparece no mundo literário sob a chancela da Alcance editores, refere-se igualmente às relações eróticos-amorosas que, até certo ponto, ausentes do conturbado presente, se tornam apenas em lembrança de um tempo mais fértil, no qual ainda existiam utopias a iluminarem a terra. “Desamores até à Partida” remete para o que foi e não é mais, conforme explicou, na ocasião, o seu autor.“Eu sou um ser humano e vivo o dia-a-dia destes desamores. Posso dizer que neste livro estão presentes todas as pessoas com quem vivi estes momentos”, acrescentou Adelino Timóteo. No que refere a primeira parte “Frutos do Amor” o autor entende que os leitores estão claros sobre o título atribuído. Nesta parte o livro, com 47 páginas, menciona que desenha a nudez de uma mulher desejada, flor-sol, lábios húmidos e quentes, vertigem e explosão de carícias, mistérios, ardores que deflagram no ar do poeta, uma escrita que também se faz rebeldia, forjada ora por reminiscências, ora por esquecimentos e lembranças. Adelino Timóteo recorda que na sua infância gostava de ver os frutos que ele e os seus amigos iam tirar nas árvores de um cemitério que se localizava no bairro de Macurungo, na Beira, onde nasceu. “Na altura eu tinha uma visão idílica dos frutos e via-os de várias vertentes, daí também o fruto do amor”, contou, frisando que “uma das maneiras de desafiar a tristeza é recordar os momentos belos vividos”. Adelino Timóteo nasceu a 3 de Fevereiro de 1970 na cidade da Beira. Formado em docência de língua portuguesa, não chega a exercer a sua profissão. Actualmente é jornalista do “Canal de Moçambique”. Em 2004 e 2007 foi, respectivamente, homenageado pelo Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU) e o Conselho Municipal da Beira. No primeiro caso pela sua poesia e no segundo pelo seu contributo cultural que tem dado a cidade, como escritor e artista plástico. Já em 1999 venceu o Prémio Anual do Sindicato Nacional de Jornalistas para a melhor crónica jornalística. Em 2001 venceu o Prémio Nacional Revelação de Poesia da Associação dos Escritores de Moçambique (AEMO).

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