Seja qual for a decisão do Conselho Constitucional, a imagem de credibilidade da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique está posta em causa. São várias as hipotises levantadas desde o momento da exclusão de partidos ou coligações, engrossando assim o número de pessoas que pacientes adoram e fascina-os elaborar algumas teorias de conspiração. A CNE ajudou a explorar todas as possibilidades que uma teoria apresenta, da mesma forma que qualquer cidadão gosta de montar um quebra-cabeças ou solucionar mistérios. Das mais diferentes teorias, algumas são até rídiculas e não passam de entretenimento, mas também há outras que são criveis e fazem-nos pensar. O facto da Comissão Nacional de Eleições ter marcado o sorteio da disposição dos partidos no boletim de voto não faziam ainda 48 horas após a publicação nocturna das listas aprovadas..... dá para pensar. Os excluídos não tiveram tempo a coberto da lei para reagir e acionar os passos que se exigem para repor a legalidade.
Então e porque?
Os teóricos da conspiração tem um raciocino que procura dar resposta a esta e outras interrogações. Provavelmente matar a nascenca qualquer possibilidade de comprometer a dispersão de votos por outros partidos ou coligações como consequência do fim da barreira dos 5% para eleger um deputado. A visível desorganização da maioria dos excluídos, foi oportuna para impor uma decisão cujo argumento jurídico não foi contestada pela maioria. O que terá falhado ao ponto das organizações civis e o corpo diplomático e recentemente até a ONU questionarem a imparcialidade de um processo eleitoral que passara pela votação e contagem de votos?
Na teoria da conspiração reside a possibilidade do trabalho de casa de responsabilidade da CNE ter sido mal feito, tão mal concebido e executado que acabou por comprometer e prejudicar a imagem do país e por tabela quem o administra. A inclusão de outros actores políticos, na maioria desconhecidos, que influencia teriam no cenário politico nacional?
Acontece que uma boa parte do eleitorado com direito a votar e jovem e sem ligação ao passado da libertação, independência e a auto intitulada guerra da “democracia”. Um eleitorado jovem que mais lhes diz o presente, o futuro e expontaneamente descomprometido se apresenta com alternativas para os problemas do seu país. Por outra, uma fatia de eleitorado cuja tendencia de voto não é declaradamente fiel aos dois principais partidos e desconhecedora das diferenças de liberdade que estes trouxeram após séculos de colonização estrangeira. Aproxima-se o quarto pleito eleitoral. Parte destes novos votantes não se recenseou também devido aos problemas operativos sistemáticos e não superados antepadamente pelo Secrectariado Técnico de Administração Eleitoral. Quais os perigos para os partidos representados na estrutura da CNE e na Assembleia da República?
A perca de assentos desmancha o prazer a quem deseja maioria absoluta de modo a aprovar toda e qualquer lei inclusive a revisão da Constituição da República. Também pode reduzir o “poder de fogo” e de acomodação de figuras chaves oriundas de uma estrutura partidária débil. Por essa razão e pela primeira vez não ouvimos a habitual contestação da parte de um dos signatários do Acordo Geral de Paz em relação as decisões da Comissão Nacional de Eleições. A disputa eleitoral e a legitimidade da vitoria só é possível havendo pelo menos um adversário. Na base deste raciocino,claro, teórico e conspirativo, como se explica que o Conselho Constitucional tenha validado a “papelada “ do estreante candidato as eleições presidenciais sabendo-se que este mostrou não ter pernas para andar?
Tal como acontecera nas eleições autárquicas, também para as que se avizinham, a CNE diz terem sido reunidos absolutamente todos os requisitos exigidos por lei. Acontece que o contrario seria nocivo a estabilidade no contexto geo-politico nacional . Perverso à plataforma democrática com que são também cunhados os discursos de ocasião proferidos “por nós” nas capitais do mundo. Mas a Lei eleitoral dá uma ajuda nesta visão , entenda-se que é apenas teórica e conspirativa. Veja-se: todos os boletins de voto a mais dos certificados pela presença do eleitor podem também ser contabilizados. Afinal, com eleições a dois são bem mais fáceis de se fazerem as contas desejando-se manter o martelo na mão e satisfazer o status de eterna acomodação secundarizada. Não foram por estas razões que se conhecem, mas por outras que nunca se saberão, que levou os “financiadores” de forma grosseira a alterar a agenda o Presidente da República e com ele dialogarem dias antes do inicio da campanha eleitoral. Acontece que este filme assemelha-se ao produzido no Zimbabwé, cujos directores da longa metragem contam actores com os mesmos defeitos, virtudes, ambições e popularidade. Retirar áreas agrícolas mecanizadas e entrega-las aos que delas mais precisam para sobreviverem é sabido como inviável para a economia. Descentralizar finanças e po-las a disposição dos mais necessitados sem que haja a certeza do devido retorno é sabido o quanto é sofrível para as contas do Estado. No fundo isto e uma das varias teorias de conspiração em volta do tema de actualidade. Teoria de conspiração tal como ela se define, é a TEORIA de que um grupo de pessoas ou organizações tenha manipulado um evento ou uma serie de eventos para obter um determinado resultado. Mas também roça a arena da fofoca, sempre por afirmações não baseadas em factos concrectos, especulando-se em relação a vida de outros, particularmente rumores com tom pernicioso......fácil ver os defeitos dos outros, solucionar problemas que não são nossos e inventar o final da historia.
Então e porque?
Os teóricos da conspiração tem um raciocino que procura dar resposta a esta e outras interrogações.
Na teoria da conspiração reside a possibilidade do trabalho de casa de responsabilidade da CNE ter sido mal feito, tão mal concebido e executado que acabou por comprometer e prejudicar a imagem do país e por tabela quem o administra.
Acontece que uma boa parte do eleitorado com direito a votar e jovem e sem ligação ao passado da libertação, independência e a auto intitulada guerra da “democracia”.
A perca de assentos desmancha o prazer a quem deseja maioria absoluta de modo a aprovar toda e qualquer lei inclusive a revisão da Constituição da República. Também pode reduzir o “poder de fogo” e de acomodação de figuras chaves oriundas de uma estrutura partidária débil.
Tal como acontecera nas eleições autárquicas, também para as que se avizinham, a CNE diz terem sido reunidos absolutamente todos os requisitos exigidos por lei.
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