quarta-feira, junho 26, 2013

O constitucionalista de que Moçambique precisa

Numa altura em que é unânime a ideia de que o diálogo entre o Governo e a Renamo está feito uma espécie de “conversa entre surdos e mudos” sem resultados palpáveis, Joaquim Mulémbwè, antigo presidente da Assembleia da República, apela à honestidade de ambas as partes para que as conversações produzam resultados palpáveis.Falando, na Praça dos Heróis, o antigo número um do parlamento moçambicano disse que a actual situação política do País não é boa. “Todo o moçambicano de bom senso vê para aquilo que acontece como sinal de algo que não está bem no nosso País”. Para Mulémbwè, é importante usar as celebrações da independência nacional para reflectir sobre o que não está bem no nosso País. “Devemos fazer das celebrações do dia da independência um momento de reflexão que traga caminhos para resolução do problema que temos hoje”.Sobre as convulsões político-militares que se registam no centro do País, aquele membro sénior do partido Frelimo disse que é preciso procurar caminhos que garantam uma paz efectiva, “uma paz verdadeira e duradoira”. Para se atingir esse desiderato, segundo disse o antigo procurador da república, é preciso que ambas as partes cedam e sejam honestas nas negociações. “Tudo passa necessariamente, na minha opinião, por um processo que se parece com a mortificação. Cada uma das partes deve saber perder para que dessa morte possamos ressuscitar todos. É preciso um diálogo franco e honesto, para que o povo volte a sentir a paz”, disse Mulémbwè. (M. Guente)

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