terça-feira, março 20, 2012

Renamo lubrifica armas

A antiga base principal da Renamo, no distrito de Chiúta, na província central de Tete, ainda possui armas de fogo utilizadas durante a guerra dos 16 anos em Moçambique escondidas em cavernas, junto as montanhas, que cercam o posto administrativo de Kazula. Os esconderijos são guarnecidos por ex-guerrilheiros de Afonso Dhlakama, que fazem de tudo para que ninguém se possa aproximar do local, segundo denúncias feitas por cidadãos entrevistados pelo “Diário de Moçambique”, à margem da visita do governador de Tete, Alberto Vaquina, ao distrito de Chiúta.No extremo norte, das montanhas, onde ficavam os ex-guerrilheiros existiam armas da Renamo escondidas mas hoje os “homens” de Dhlakama já se encontram na região sul de Matenje, onde guarnecem o armamento, disseram os entrevistados.Ginve Chiquando disse que“existem armas nas cavernas. A sua permanência preocupa-nos, porque a guerra terminou há muito tempo e não sabemos o objectivo da sua existência. Aliás, as armas de fogo não podem continuar cá, porque tememos que um dia possa novamente eclodir a guerra”.Por seu turno, Aisse Grevies afirmou “se as armas continuarem nas matas, corremos o risco de um dia voltarmos a ver o derramamento de sangue. As coisas podem começar como aconteceu recentemente em Nampula, em que houve troca de tiros. Temos esse medo. Já não queremos mais guerra. Queremos produzir a nossa comida e viver em paz”.No seu discurso durante o comício que orientou no local, o governador de Tete, Alberto Vaquina, insistiu sobre a necessidade de se preservar a paz, porque ela permite o desenvolvimento do posto administrativo de Kazula, bem como de toda a província. Vaquina apontou a unidade sanitária, instalada naquela região há cerca de cinco anos, como fruto da paz, tendo apontado também a edificação de uma escola e a instalação de moagem na localidade como fruto do calar das armas, acontecido em 1992, com a assinatura Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, na Itália.Vaquina visitou Matenje pela primeira vez desde que há três anos exerce o cargo de governador da província de Tete.

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