quinta-feira, janeiro 13, 2011

Porto paralizado devido a actos de corrupção

O navio Kota Mawar”, que se encontra retido no Porto de Pemba, na província nortenha de Cabo Delgado, em conexão com a exportação ilegal de madeira em toro, também transportava marfim.Segundo o jornal “Noticias, numa operação paralela, suscitada pela denúncia de que o navio “Kota Mawar” transporta ilegalmente para fora do país 161 contentores de madeira em toros, foram descobertos, Quarta-feira última, 29 contentores, alguns dos quais com marfim, no recinto daquele porto, carga que é pertença da Miti, Lda., uma empresa que opera na área de madeiras.“A operação de descarga do navio, que devia iniciar-se às 15.00 horas de ontem, até ao fim da tarde não havia começado, uma vez mais devido a dificuldades de coordenação entre as partes envolvidas em relação â responsabilidade sobre quem vai arcar com os custos da retirada da madeira”, escreve o jornal.Os contentores encontrados no parque do Porto de Pemba estão entre muitos que esperam embarque nos próximos dias e a descoberta desta nova irregularidade aumenta o receio de que, de facto, se está em presença de uma operação de dimensões ainda bem maiores.Enquanto isso, os CFM, por via do Porto de Pemba, continuam a contabilizar prejuízos, se bem que nenhum outro navio pode atracar nestes dias devido às dimensões do “Kota Mawar” agora envolvido neste caso, o que remete as outras embarcações a aguardar dias a fio ao largo da Baía de Pemba.“Os prejuízos são enormes. Nenhum outro navio pode atracar e estamos no quarto dia de braços cruzados, sendo que os custos estão a ocorrer, mas sem produção. Estou a falar dos custos fixos de energia eléctrica, água e trabalhadores que não estão a fazer nada” , disse o substituto do delegado do Porto de Pemba, Paulo Bento, citado pelo matutino.Para ele, a avaliação definitiva dos prejuízos só poderá acontecer depois de receber os navios que esperam pelo espaço ocupado pelo “Kota Mawar”. O navio, de grande calado e baptizado com o nome de “Kota Mawar”, é agenciado pela SDV-AMI, da Antígua, uma pequena ilha nas Caraíbas.Em conexão com esta operação “ilegal” estão implicados, em primeira instância, alguns funcionários da Agricultura e das Alfândegas que não respeitaram os procedimentos obrigatórios seguidos no processo de exportação de produtos madeireiros, que têm a obrigação de assistir todo o processo de empacotamento.A madeira ora retida no Porto de Pemba, presume-se que tenha sido extraída naquela província, localizada na zona norte de Moçambique, e tinha como destino os países do continente asiático.

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