A população já sofreu demais
O ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, apelou, em Lomé, capital do Togo, ao diálogo político na Costa do Marfim a fim de resolver a crise provocada pelos resultados da segunda volta do escrutínio presidencial que teve lugar a 28 de Novembro último.Para Chissano, citado pela Rádio Moçambique (RM), estação pública, o diálogo deve estar assente em bases sãs.“É preciso que o diálogo prevaleça para resolver o problema a fim de que não haja violência”, declarou Chissano à imprensa na capital togolesa onde participou num colóquio internacional de dois dias sobre a paz e desenvolvimento em África.“Soluções para sair da crise são possíveis se houver de ambas as partes a vontade política do diálogo”, considerou Chissano.O antigo estadista moçambicano acrescentou que “as discussões devem ser levadas a cabo em bases sãs e num ambiente são, pois a população já sofreu demais e quer agora a paz”. As eleições presidenciais, de 28 de Novembro último, revelaram graves divisões políticas e institucionais, uma vez que Alassane Ouattara foi declarado vencedor pela Comissão Eleitoral, mas depois o Conselho Constitucional anunciou Laurent Gbagbo como o vencedor.Laurent Gbagbo e o candidato da oposição, Alassane Ouattara, tomaram posse como presidentes da Costa do Marfim, na sequência da crise pós-eleitoral que se assiste naquele país. Os dois concorrentes não se mostram favoráveis à partilha do poder e receia-se que com o fracasso da mediação de Thabo Mbeki, ex-estadista sul-africano, os grupos rebeldes do norte, que apoiam Ouattara, peguem nas armas em protesto.A União Africana (UA) já disse que a crise poderá ter consequências incalculáveis.Vários países e organizações internacionais, como são os casos dos Estados Unidos da América, França, Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) apoiaram Ouattara como o verdadeiro vencedor da segunda volta.
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