sábado, dezembro 25, 2010

Emigrantes "presos" na fronteira

Centenas de moçambicanos que trabalham ou residem na vizinha África do Sul estão retidos na fronteira de Ressano Garcia, província meridional de Maputo, por falta de transporte para levar-lhes daquele posto fronteiriço aos respectivos destinos.Os emigrantes, alguns dos quais se encontram em Ressano desde a manhã de sexta-feira. Citados pela Rádio Moçambique (RM), denunciaram o oportunismo que reina entre os transportadores que se aproveitam da escassez de transporte para cobrar valores muito acima da tarifa estabelecida no trajecto Ressano Garcia/Maputo.'Os poucos transportadores que aparecem chegam a cobrar entre 150 a 180 meticais para Maputo, contra os 90 meticais da tarifa em vigor neste troço', queixou-se um dos emigrantes, que disse não saber se conseguira passar a quadra festiva junto da família. A comissão dos transportadores, porém, assegurou que o problema será sanado , pois medidas estão sendo tomadas para reforçar a frota.Todos anos, os moçambicanos a trabalharem nos países vizinhos, sobretudo na África do sul, têm passado momentos difíceis na fronteira, devido a falta de transporte e oportunismo daqueles que procuram tirar proveito da situação.Alguns destes emigrantes, na maioria dos quais mineiros, são oriundos das províncias de Gaza e Inhambane, sendo que a demora na fronteira implica pouco tempo de permanência nas zonas de origem, ou, na pior das hipóteses, retornar a África do Sul sem se avistar com as suas famílias.

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