terça-feira, fevereiro 11, 2014

O que se "ESPECULA" na falta de informação oficial

"  ...................................................................................................                       Contrariamente ao que anunciamos de manhã não eram 150 homens que vieram a Gorongosa mas sim 400, sendo 150 foram a Kanda, 150, Vunduzi e o restante 100 se dirigiu para Piro. Os grupos de Kanda e Piro foram derrotados em combates de Sábado e Domingo, cuja matéria publicamos hoje de manhã. Nos dois combates, podem ter sido mortos mais de 100 homens, vários desertaram e/ou ficaram feridos. De alguma maneira as Fadm conseguiram atravessar o troço vila-sede para Vunduzi sem emboscadas. Ontem, domingo (9), a meio da tarde as FADM dispararam aleatoriamente uma dezena de obuses do poderoso foguete reactivo russo-soviético B11, com 20 km de alcance e que usa munições de fragmentação. A hora que pretenderam escalar a montanha depois do bombardeio, os comandos boinas vermelhas recebem a informação do desastre de Kanda e ficaram temerosos para subirem e na mesma noite as perdizes desceram e vieram atacar de surpresa as tropas em Vunduzi, numa séria escaramuça que durou vários minutos, com grandes baixas do lado das FADM (18 mortos e vários feridos) mas não houve um assalto. Na manhã de hoje, segunda feira (10), logo pelas 5 horas, as FADM, por raiva, bombardearam indiscriminadamente a serra até por volta das 7 mas decidiram voltar para vila sede por alguma desavença tactica ou por temer 'morrer em vão' mas caíram numa emboscada por volta das nove horas, na zona de 'Egipto' (Mucodza, 7 km da vila sede) e sofreram grandes baixas, pois as três viaturas que transportavam os 3 pelotões remanescentes foi atingido por um vendaval de tiros de ak-47, atirados a meia distancia. Algumas fontes falam de 23 soldados mortos e vários ficaram feridos mas a coluna não foi desbaratada porque alguns militares lograram refazer-se da surpresa e ripostaram ao fogo mas as perdizes já tinham acabado com o serviço e sumiram. Super aborrecidas, as Fadm vasculharam a área e queimaram todas as palhotas que estavam nas redondezas e metralharam as machambas de milho suspeitas. Importa referir que os obuses disparados para serra destruíram várias áreas ecológicas com fauna e flora que não se encontram em nenhum outro lugar do mundo. A recuperação e conservação dos ecossistemas estão sob financiamento e monitoria directa da fundação Carr, do multimilionário americano inventor do voice-mail Greg Carr, o actual 'dono' do Parque Nacional da Gorongosa. Os obuses destruíram e incendiaram também várias palhotas e machambas dos camponeses da montanha, que não foram evacuados antecipadamente e nem receberam um pré-aviso, o que constitui uma grosseira e flagrante violação das leis internacionais. Não há informação sobre vitimas humanas. Algumas fontes garantem que o major-general Mussa, natural de Angoche, estava em contacto telefónico directo com o presidente Guebuza, para dar um informe do desenrolar dos acontecimentos. Outras informações indicam que os novos generais da Renamo estão a pressionar o general Dlhakama para autorizar um ataque de retaliação em grande escala aos quarteis e esquadras e também anseiam 'mostrar as capacidades combativas' e tudo indica que o líder da Renamo já não tem argumentos para segurar os seus comandantes depois do grande 'festival de B11'. Neste momento, as FADM ainda enviam mais efectivos para reforço e eventualmente efectuar novas tentativas.

Quase todos os dias se travam batalhas, por vezes mortíferas, na Serra da Gorongosa. Os guerrilheiros da Renamo procuram, a todo o custo e todos os dias, cortar a logística para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e Força de Intervenção Rápida, instaladas nas antigas bases da Renamo de Mucodza, Santungira e Vunduzi, ao longo da estrada que sai da Vila Municipal de Gorongosa até ao Posto Administrativo de Vunduzi, bem como em Piro, Canda e Casa Banana. Desde Outubro até agora, já perderam a vida mais de 30 militares em confrontos que feriram muitos mais.Na sexta-feira, a Renamo protagonizou mais um ataque violento que resultou no ferimento de três militares, com um deles a morrer no fim-de-semana. Na região de Mucodza, no domingo, a Renamo realizou outro ataque e, em resposta, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) decidiram contra-atacar, usando armamento pesado e disparando para a Serra da Gorongosa, local onde se supõe que esteja abrigado Afonso Dhlakama, líder da Renamo.
De acordo com a população que continua a viver na região, apesar dos intensos confrontos militares, não há registo de feridos nem de mortos. Até porque, pela disposição da Serra da Gorongosa e do tipo de armamento usado (B11), seria difícil, uma vez que a serra é composta de 17 montanhas, uma floresta densa, riachos e mais de 40 quilómetros de extensão. Por exemplo, pela Estrada Nacional número 1, são necessários mais de 120 quilómetros para descrever toda a Serra.Fontes militares no terreno disseram que seria preciso usar, no mínimo, 10 aviões de ataque do tipo F16, dois helicópteros de ataque e artilharia pesada com armas do tipo 40 canos para pôr toda a Serra de Gorongosa em chamas. Pelo que os ataques de domingo e segunda-feira foram apenas para repelir os homens da Renamo. Alguns agentes da Força de Intervenção Rápida instalados em Gorongosa disseram, sob anonimato, que já não estão a aguentar o confronto com a guerrilha da Renamo e perguntam “afinal, quando é que isto acaba?”. E dizem que, quase todas as noites, são atacados. “Aqui não se dorme. Eles descem lá da montanha com lanternas chinesas e atacam-nos”, explicaram os agentes. (facebook)

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