terça-feira, fevereiro 11, 2014

Beira, finalmente saí do sofrimento

O fornecimento de energia eléctrica às cidades de Chimoio e Beira e às vilas ao longo do “Corredor da Beira”, nas províncias Manica e Sofala, respectivamente, localizadas na região centro de Moçambique foi restabelecido na madrugada de segunda-feira, depois de duas semanas às escuras na sequência de uma avaria grossa registada na Subestação de Chibata, da Empresa Pública Electricidade de Moçambique (EDM) - Área de Distribuição de Chimoio. Alberto Banze, porta-voz da EDM, é citado pelo jornal “Noticias” como tendo dito que equipas técnicas da sua empresa na região centro conseguiram, com sucesso, substituir o transformador avariado no passado dia 29 de Janeiro na Subestação de Chibata, na província de Manica, que constitui receptáculo de energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa a partir da Subestação de Matambo, em Tete. Sem avançar pormenores, Alberto Banze disse que a EDM ficou profundamente lesada pela avaria, encontrando-se neste momento a proceder ao levantamento dos prejuízos globais registados, que poderão ser conhecidos a partir de hoje.  Para além dos prejuízos directos decorrentes da aquisição e reposição do transformador, mão-de-obra e acessórios, aquela empresa registou perdas incomensuráveis com a suspensão do fornecimento de energia eléctrica aos seus utentes. As cidades de Chimoio e as vilas de Gondola, Inchope, Amatongas e outras localizadas ao longo da EN-6 foram as mais flageladas pelas restrições e, a avaria teve maior impacto na cidade da Beira, o maior centro urbano da região centro, onde os prejuízos são considerados avultados. Neste contexto, todos os bairros da cidade de Chimoio e as vilas de Gondola, Inchope, Amatongas, na província de Manica e Nhamatanda, Mafambisse, Dondo e Beira, em Sofala, voltaram a ficar iluminadas, pondo fim a cerca de duas semanas de escuridão e de outros constrangimentos resultantes da falta de energia eléctrica.Com efeito, alguns serviços e instituições públicas que funcionavam a meio gás nas duas províncias devido à avaria retomaram o seu normal funcionamento em todas as regiões afectadas, embora as lamentações prevaleçam relativamente à putrefacção de produtos perecíveis no seio dos consumidores
familiares e empresariais.Os operadores económicos em Chimoio e Beira falam de avultados prejuízos, os quais continuam a ser contabilizados, num processo de levantamento que incide maioritariamente nos talhos e peixarias, que viram os seus sistemas de refrigeração incapazes de produzir frio suficiente para congelar carne, peixe, mariscos e outros produtos perecíveis.No sector familiar as lamentações são similares, havendo informações de famílias que viram o pouco que haviam conservado em congeladores e geleiras a perder-se por putrefacção na sequência da prolongada ausência da corrente eléctrica, cujo fornecimento era irregular e salteado, particularmente no período nocturno.A falta de energia provocou igualmente restrições no fornecimento de água potável canalizada à cidade de Chimoio e arredores, forçando os utentes do sistema gerido pelo FIPAG a consumir água imprópria retirada de fontes alternativas.O transformador da Subestação de Chibata explodiu na sequência de descargas atmosféricas, agravadas pelo estado obsoleto do equipamento. O material de reserva usado para repor a normalidade no abastecimento de energia foi trazido de Tete e Alberto Banze, diz tratar-se de equipamento bastante pesado, cujo transporte envolveu formas e vias alternativas para que não danificasse as pontes ao longo da EN-7 Vandúzi-Tete.(Foto: na falta de energia, geradores privados foram úteis )

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