quinta-feira, agosto 25, 2011

Desde da renovação da frota que ........

Nos últimos meses, tem vindo a tornar-se cada vez mais difícil viajar de forma planificada pela companhia aérea de bandeira nacional — a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). Os passageiros são submetidos a uma verdadeira peripécia para poderem cumprir com os seus planos de trabalho, algumas vezes feitos com semanas de antecedência, se estes estiverem dependentes de viagens com recurso aos aviões da LAM.Nos últimos quatro meses, já viveu-se, situações em que os voos programados ou foram simplesmente cancelados ou foram alterados, à última hora, para mais de dez horas depois.Há voos que, marcados para as 16.30 horas, acabaram por sair do aeroporto da Beira depois das 02.00 horas do dia seguinte, com destino a Maputo... via Tete!Só para citar o mais recente exemplo, um voo que deveria sair de Maputo às 07.00 horas, com destino a Beira, com tudo confirmado ao fim da tarde do dia anterior, foi à última hora alterado para as 16.30 horas.Ou seja, os passageiros, que pagaram para viajar de Maputo para Beira as 07.00 horas porque tinham os seus compromissos agendados para, digamos, o fim da manhã ou princípio da tarde, acabaram por ter de cancelar tudo, porque não poderiam desembarcar na Beira antes das 18.00 horas.O que é pior é que muitos dos passageiros são apanhados de surpresa nos aeroportos, para onde se dirigem nas horas marcadas nos seus bilhetes de passagem.
E ninguém na LAM está preocupado com a situação dos passageiros: se estão alojados num hotel e quem pagará as despesas resultantes das horas extras; se os passageiros precisam de passar refeições mas não estavam preparados para o efeito (muitos são funcionários e viajam com subsídios planificados nas suas empresas ou instituições), se têm de fazer as idas e voltas ao aeroporto de táxi...
Para a companhia, a política que funciona — e que contrasta com o seu lema “um cliente, um amigo” — é simplesmente a de que o passageiro que se vire à sua maneira!
Naquelas situações em que os voos não sofrem alterações de maior, os horários, ainda assim, não são cumpridos à tabela: verificam-se atrasos de meia hora, uma hora... E na LAM, meia hora de atraso em relação ao tabelado é cumprimento de horário, tanto é que a empresa vangloria-se de ter um índice de pontualidade superior a 90 por cento.Francamente, não vemos de onde é que surgem estes 90 por cento de pontualidade com situações de atrasos e cancelamentos que se tornaram frequentes nos últimos meses!Virou moda nos voos da LAM ouvir as aeromoças dizerem a esfarrapada expressão “apresentamos as nossas sinceras desculpas pelo atraso registado na hora de partida do nosso voo, que se deveu a problemas operacionais”...Julgamos que a LAM precisa de avaliar mais seriamente a questão dos seus “problemas operacionais”, que acabam por afectar as centenas de passageiros que se fazem transportar diariamente nos aviões da empresa. Lembramos que se trata de problemas operacionais que acontecem numa companhia que adquiriu nos últimos três anos novas aeronaves.Ao Governo e à Assembleia da República, apelamos que se pense numa regulamentação que proteja os direitos dos passageiros, como a que existe em muitos outros países. O facto de em Moçambique a LAM quase deter o monopólio do transporte aéreo doméstico não pode isentar a companhia das suas responsabilidades para com os passageiros nos casos de atrasos e cancelamentos de voos!Na renovação da frota, um dos dois Embraer190 e um dos dois Q400 em terra...são os dois velhinhos Boeing 737-200 que vão safando
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