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sábado, dezembro 04, 2010

Angolanos esmagam portugueses

Em entrevista no programa Pessoal e Transmissível, da TSF, o jornalista angolano e activista na luta contra a corrupção voltou a acusar o presidente José Eduardo dos Santos de apadrinhar negócios ilícitos. Rafael Marques apontou ainda o dedo a Portugal, considerando que é um país subserviente em relação ao regime de Luanda.Dias antes a entrevista a Policia angolana reteve o jornalista investigativo que e também activista na área de Chamuteba em Malanje quando o mesmo viajava para a zona do Kwango, na província da Lunda-norte. De acordo com informações veiculadas em Luanda, o activista cívico foi interditado por dois policias armados que mandaram parar a sua viatura alegando que “conheciam o seu historial” e que estavam seguir orientações de Luanda. Os agentes pediram a Rafael Marques que explicasse para onde se deslocava e o que ia fazer tendo o profissional respondido que a sua viajem se circunscrevia nos trabalhos dos direitos humanos que tem vindo a efectuar no município do Kuando. O mesmo foi solto 20 minutos depois quando já eram 18h. Por alegada falta de segurança, na área em que se encontrava, o mesmo acabou por pernoitar nas redondezas do local onde havia sido travado. Personalidades em Luanda, aconselharam a não seguir viagem àquela hora da noite para evitar eventuais emboscadas. Em Agosto passado, havia informação dando conta que conselheiros de José Eduardo dos Santos teriam sentido, nas palavras do estadista angolano inclinações semelhantes a incentivo a um correctivo contra Rafael Marques. De referir que Marques tem-se destacado nos últimos meses com a publicação de relatórios de pesquisa e investigação sobre a corrupção que caracteriza o regime do MPLA e sob as agressões contra os cidadãos em Angola. Dois altos funcionários do regime, Manuel Vicente e Manuel Vieira Dias “Kopelipa” optaram por comprar duas publicações (Semanário Angolense e A Capital) depois destas terem publicado relatórios de Rafael Marques que lhes eram desfavoráveis. Após a compra o jornalista foi informado que já não podia mais escrever para estes dois jornais privados. Para ouvir aqui.

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