A celebração dos 40 anos da morte do fundador do partido Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique, Eduardo Mondlane, em Fevereiro próximo, vai juntar vários grupos culturais de todo o país. Morto através de uma carta bomba a 3 de Fevereiro de 1969, Eduardo Mondlane , é considerado o obreiro da Unidade Nacional. As celebrações tâm arranque no dia 02 de Fevereiro, com uma gala a ter lugar no cinema África. A Companhia Nacional de Canto e Dança fará as honras da casa exibindo uma obra concebida e dirigida por David Abílio, na qual participam cerca de 200 artistas de várias expressões culturais.Lucrécia Paco, Alvim cossa, da área teatral, Pérola Jaime, do canto e dança, são algumas das figuras do panorama artístico que vão dar corpo ao evento.Dos grupos populares de dança e de corais estarão presentes a Associação dos Combatentes de Luta pela Independência Nacional (ACLIN) e Xipenenses de Manjacaze. A sessão de gala vai abordar alguns aspectos da vida e obra de Eduardo Mondlane, com incidência para a sua infância.
A propósito Graça Machel disse a BBC que mais do que nunca os ideias de Eduardo Mondlane começam a ser valorizados. Uma aparente censura ao que chegou a ser apontado como um distanciamento pelo partido no poder em relação aos princípios que nortearam os seus primeiros líderes. Para muitos é a continuação de um movimento que já se anunciara ainda durante a campanha de Armando Guebuza para as eleições de 2004.Trata-se do resgate de algumas das mais emblemáticas figuras na história da Frente de Libertação de Moçambique.
Já Janet Mondlane, a viúva do homem que convenceu as várias formações políticas existentes em meados de 60 a juntarem-se numa só frente, defendeu que Moçambique ainda não é o país com que sonhou o seu falecido esposo. “Alguns vivem confortavelmente e as suas necessidades estão satisfeitas. Por outro lado será que Moçambique é o reflexo perfeito do que queríam Eduardo Mondlane e os seus camaradas? Não, claro que não." Janet Mondlane acrescentou:
"Mas nós mantemos esse sonho vivo quando trabalhamos juntos na luta contra a pobreza. Mantemos esses ideais quando em voz alta condenamos a corrupção que rouba os moçambicanos das boas escolas, água potável e luz nas suas casas. Condenamos a corrupção que faz com que as nossas crianças e mães morram nos hospitais por falta de cuidados de saúde adequados.”
"Mas nós mantemos esse sonho vivo quando trabalhamos juntos na luta contra a pobreza. Mantemos esses ideais quando em voz alta condenamos a corrupção que rouba os moçambicanos das boas escolas, água potável e luz nas suas casas. Condenamos a corrupção que faz com que as nossas crianças e mães morram nos hospitais por falta de cuidados de saúde adequados.”
Foto inédita de 1963: Reverendo Uria Simango e Prof. Dr. Eduardo Mondlane em Dar-es-Salaam
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