A Liga dos Direitos Humanos em Moçambique alerta que divergências no sector de saúde afecta a relação médico-paciente. “Algo que acaba demonstrando que existe alguma falta de políticas claras para o sector tem a ver com uma polémica envolvendo o ministro da Saúde e o pessoal médico, concernente aos horários de trabalho. Atitudes destas acabam por prejudicar os utentes desses serviços, uma vez que os seus profissionais acabam trabalhando sem motivação para tal” – refere o relatório anual de 2008. Se calhar esta pode ser uma das causas que levem ultimamente à contestação de certos actos médicos nos hospitais em Moçambique. Aquí vem ao de cimo a ética, pois a medicina é pautada por princípios éticos e técnicos. A ética tem importância no estabelecimento de normas para a convivência pacífica entre as pessoas. No caso específico da profissão médica, em primeiro lugar estão os interesses dos pacientes, que devem estar acima a dos médicos. Os interesses da classe devem sobrepor-se aos individuais.Um médico é obrigado a respeitar a deontologia médica. O Juramento de Hipócrates não é mais que a síntese da deontologia em que se assume um compromisso público para com colegas, sociedade, comunidade internacional e para si mesmo. Importa lembrar de que o início do processo que finalizou com o assassinato do presidente Salvador Allende do Chile, e a posterior instalação da ditadura de Pinochet, foi uma greve médica. Os projectos na área da saúde traziam benefícios sociais, mas estava a originar um declínio da medicina privada.O Estado promove a saúde, previne as doenças, assiste e reabilita os doentes. Os médicos ao optarem trabalhar para o Estado é para exercer uma função de interesse social.
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