O dólar que dizia-se chegar a 50 em Dezembro agora suspeita-se que ascenda
para mais de 70! Não nos pagam em dólares, não vivemos de dólares, muito
importamos e os insumos porque pagos em moeda forte, aqui transformam-se em
subidas em espiral dos artigos que consumimos.
Quem vai pagar a conta, a dívida, porquê estas somas fabulosas para
pagarmos como se criaram e nos dizem, agora, haverem aumentado em mais de 1/3
de um ano para outro?
1. Fizeram-se obras faraónicas para ministérios, presidências edifícios da
Justiça, mas as conservatórias onde estão registadas as nossas vidas não
possuem um sistema de alarme de incêndios ou sequer guardas e extintores. Eu
fiquei sem registo de nascimento! O Ministério da Agricultura por duas vezes,
maravilhosamente ardeu! Viva o saber fazer e saber como organizar-se!
2. Fizeram-se pontes em Caia e Tete, novinhas, ninguém ponderou que numa
ponte podem passar tanto viaturas como comboios, persistimos em ficar sem ligação
ferroviária entre o Centro e o Norte e todos sabendo que também havia carvão
na margem Sul do Zambeze, majestaquimente ignorou-se este detalhe
insignificante (?).
3. Destrui-se o pulmão verde na baixa de Maputo, negociou-se (como?) o
Parque dos Continuadores, o Bairro Militar, a Cadeia Central, a FACIM, para
proveito de quem? Mistério!
5. Que histórias se contam sobre a Circular e a Ponte para a Catembe?
Beneficiam a quem? Quanto custam? Não havia alternativas menos onerosas e
igualmente eficientes, quando os valores despendidos mais que cobrariam a
ligação Tete Mutarara, Tete Zumbo, Cuamba Lichinga, Guro Chimoio, Pemba Mueda,
etc?
6. Quanto atum pesca por dia a dita EMATUM no lodo do cais onde estão
atracadas as embarcações? Quem beneficiou disto?
7. Para onde vão os dinheiros da EDM, TDM, Correios, FIPAG, LAM para nos
subirem os preços e baixarem em simultâneo a qualidade? Quem beneficiou disto?
8. À boca pequena muitos falam das comissões (comichões) recebidas por A e
B e a começar do cimo. Nos transportes públicos o nome mais carinhoso dado
diante de todos a um certo dirigente é ladrão! Popularidade abaixo de zero para
quem sempre cultivou um ego desmedido.
Diz-se que quem semeia ventos colhe tempestades.
Que greves, que manifestações estamos a procurar? Que motins estamos nós a
provocar?
Uma operação Lava Jato como a brasileira ajudaria Moçambique e sobretudo
faria o povo reganhar confiança no seu Estado e no partido que nele manda.
Os resultados das municipais, legislativas e mesmo das presidenciais não
forçam todos a reflectirem?

Haverá vontade de entregar o poder a maiores gatunos, irresponsáveis, gentes
que se querem vingar da punição a traidores da pátria? Vigaristas notórios além
dos actuais e bem conhecidos?
Pobre Nyusi, pobre Maleiane gerirem cofres vazios e esvaziados pelas elites
predadoras, do topo à base, apaniguados, familiares, amigos da onça deste país?
Quando nos inícios do século XX a regra de partilha entre o país produtor
de petróleo e gás era o chamado fifty-fifty, metade para a operadora e metade
para o país, quem violentou a regra secular e para benefício de quem?
Nas cadeias não existem celas para predadores deste país e seus
apaniguados? Só há lugar para o dito pilha galinhas e vendedor de uns charros?
Que benefício se retira para o país do nosso carvão, tantalites, florestas,
ferro, pedras preciosas?
Em tempos um (a) dirigente (a) respondeu-me à mensagem que a Argélia, que
já havia a seu favor alterado a regra secular do fifty-fifty estava pronta a
custo zero a apoiar-nos nas negociações de hidrocarbonetos de um modo bem
seguro e arrogante:
Não precisamos, já temos melhor!
Abraço este sonho e quem o fizer materializar.
P.S. Não chegou o tempo de aprendermos algo do Presidente Magufuli da
Tanzânia e o corte das alcavalas? Faz sentido que um PCA até com mau desempenho
ganhe várias vezes mais do que o mais alto magistrado da Nação? Sobretudo
quando a empresa vive de subsídios do Estado? Honestidade e para tal um meu
abraço.
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