domingo, março 27, 2011

Que raio de regulamento!!!

Tal como o treinador de qualquer equipa, a CNAF também gostaria de poder contar com os melhores semanalmente a dirigir os jogos do MOÇAMBOLA. O treinador monta a sua equipa com base nos objectivos e a capacidade financeira do clube que representa. Escolhe os melhores e é com eles que o mister pensa atacar a época. O mesmo cenário temos na CNAF. A Comissão Nacional deÁrbitros de Futebol não tem mãos a medir entre Janeiro e Fevereiro, ano sim, ano sim, para montar a sua equipa para a temporada futebolística que está prestes a arrancar. Esta tarefa é realizada dentro de grandes dificuldades mas quem assume a responsabilidade de dirigir a arbitragem sabe que tem de fazer das tripas coração para conseguir seleccionar os melhores. Estamos em Março e apesar de todo um trabalho aturado da CNAF, a Liga de Clubes, que quis assumir os árbitros e depois voltou atrás, apenas complicou os planos da CNAF e vai dai o Moçambola arrancou com uma lista de árbitros possível. Este assunto merecerá outro espaço pois tem havido um tratamento muito pouco aceitável em relação aos considerados “á mais” no futebol, mas sem os quais não se pode jogar em alta competição.Voltemos ao que interessa. Portanto, o treinador tem a possibilidade de escolher os melhores semanalmente desde que não estejam impedidos quer física quer disciplinarmente. Ninguém de bom senso poderá arriscar em deixar os melhores de fora quando os pode usar. Mas com a CNAF isso não acontece tão claramente, embora pelas mesmas razões que um jogador possa não alinhar, a nomeação de um árbitro numa determinada semana pode ser alterada, mas há outras razões que impedem a CNAF escolher o ou os melhores numa determinada jornada. Por exemplo, se a CNAF nomear José Maria Rachide para um Desportivo - Ferroviário, ambos de Maputo e ele fizer uma brilhante exibição, elogiada por toda a gente, entre eles os dirigentes, treinadores e jogadores de ambas as equipas, sem esquecer dos espectadores, adeptos e jornalistas, e se na ronda seguinte tivermos um Costa do Sol - Ferroviário, ele já não poderá ser nomeado. Mesmos que a CNAF tenha a consiência que ele está num grande momento e que quer física quer tecnicamente dá todas as garantias para voltar a fazer um derby, ela é impedida de o indicar para o jogo pois os regulamentos lá aparecem e ditam ordens. A Liga de Clubes e por tabela, os seus filiados, sabem o que significa trabalhar com estes condicionalismos, mas são os primeiros a esquecer disso e a reclamarem muitas vezes sem razão. Alguém de bom senso poderá aceitar este cenário? Porque éque na arbitragem, para além de todas as dificuldades que existem, desde os equipamentos, passando pela premiação e outros obstáculos, ainda se tem de seguir um Regulamento que aumenta as dificuldades de trabalho da CNAF? Não quero com isto dizer que se deva abolir o Regulamento mas que se tenha a consciência de que nem sempre a CNAF faz o que quer ou o que pretende fazer num determinado momento pois há um Regulamento de Arbitragem que deve ser respeitado, que é do conhecimento da Liga e dos seus membros, por isso, ela fica uma vez mais limitada. O treinador mesmo tendo um jogador lesionado mas que possa jogar utilizando equipamentos e utensílios de forma segura, como máscaras ou coxas elásticas, lá o põe a jogar, muitas vezes arriscando piorar a lesão mas que nesse jogo particular ele deve alinhar pela sua importância. Portanto, a CNAF é impedida de poder alinhar semanalmente com os que nessa altura dão mais garantias, independentemente da sua categoria, mas este aspecto é esquecido e o filme se repete jornada sim, jornada sim. Não poder usar um árbitro ou árbitros em forma em jornada consecutivas porque o Regulamento impede que se apite a mesma equipa uma ou dois jornadas seguidas, limita. As ferramentas ao dispor da CNAF limitam-na para bem decidir e quando as coisas correm mal lá vem os donos da verdade absoluta e PIMBA, tiros pro - boneco. Atenção que caminhamos para lá. Em alguns países este tipo de impedimento começa a ser ultrapassado para que todos partam em pé de igualdade. O profissionalismo não aceita estes condicionalismos e países há que já usam outros Regulamentos dos que se vem sendo usados a muitos anos e que nós somos quase obrigados a seguir pois esta é a nossa realidade. Nós inovarmos? Nunca! A importação tem outro sabor.(Assalam Khan/instrutor FIFA)

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