sábado, outubro 30, 2010

"Não deve ser imposta, nem a brincar"

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu hoje a posição de condicionar a navegação nos rios Chire e Zambeze, projecto que o vizinho Malawi pretende ver realizado o ‘mais rápido possível’, indicando que se trata de um “assunto de soberania”, sendo imperioso, para o efeito, esperar pelas conclusões do estudo de viabilidade.Guebuza respondia a uma questão em torno desta matéria durante uma conferência de imprensa que concedeu a jornalistas moçambicanos que cobriram, na cidade sul-africana de Pretoria, a XIV Cimeira Económica Bilateral entre Moçambique e África do Sul.Segundo Gubuza, mesmo compreendendo as necessidades que o Malawi possa ter para utilizar aqueles dois rios para a sua navegação, Moçambique continuara a defende que isso só deverá ser feito depois da realização do estudo de viabilidade económica e do impacto ambiental.“Depois desse estudo, caso o mesmo considere que se pode navegar naqueles rios poderá, mais tarde, haver acordos, contratos e tratados”, explicou Guebuza.“Não se faz uma navegação nas aguas territoriais de um outro país sem ter normas muito claras que indiquem exactamente como é que devem ser os procedimentos”, reiterou o Chefe de Estado moçambicano, acrescentando, todavia, que o país ainda não tomou nenhuma decisão. “Nos estamos abertos e vamos trabalhar. Neste caso todo, a viabilidade económica não deve ser imposta, nem a brincar. É um estudo que deve ser feito com o nosso acordo e depois disso é que podemos ver qual é posição a tomar”, declarou Guebuza.A tensão entre Moçambique e o vizinho Malawi aumentou nos últimos dias, depois de as autoridades moçambicanas terem interceptado dois barcos daquele país que pretendiam navegar pelos rios Zambeze e Chire, do Indico até ao porto malawiano de Nsanje, pouco antes da sua inauguração.(Recorde aqui)

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