quarta-feira, abril 15, 2009

“Page Down & Page Up”

Amiudamente vai tomando forma mais uma organização de índole política.Não esconde, nem supera o cepticismo em particular dos urbanos de esta ser mais uma tentativa de responder aos diferentes anseios de um eleitorado.A experiência de vida de outras apostas oferecidas não foram felizes e há uma natural decepção e de conformismo.Os que têm o previlégio de exteriorizar as suas convicções não deixam de colocar as suas reticencias quanto ao nascimento de uma força que pretende e acredita que Moçambique pode mudar.Ainda assim os “mais” da política nacional deixaram perceber que os “putos” podem fazer alguns estragos, quanto mais não seja complicar as contas, há muito sempre as mesmas e previsíveis.Inegávelmente a constituição do núcleo duro do provável Clube político alerta aos mais batidos nestas coisas da democracia e é um teste aos que a defendem.Marcado pela força da representação de provincias mais populosas, a rapaziada esta a construir um edifício com material novo, usado e velho.Este é um exercício de difícel gestão tudo porque a imagem de qualquer organização política e marcada pela sua matriz, e moldada pelos ventos soprados por quem tem na força a razão.Agora os “putos” vão atrapalhar os mais batidos na cena política nacional, ao abrirem-se as ideias de todos quanto queiram dizer o que lhes vai no íntimo, nem que seja para defini-los como uma base avançada de interesses externos.Podem ser uma boa aspirina para a concorrência eleitoralista, obrigando ao fim do caciquismo .Paradoxalmente os dois principais actores da democracia já não escondem a imagem em que se transformaram por dentro, desviando-se na pratica do que concordaram defender nos seus foruns devidos.Sem complexos, de abertura total ,os “tipos” da Beira e arredores estão aí para explorar o caos instalado na luta política do país, pescando tudo quanto seja peixe ou parecido.Os veteranos da nossa política, aqueles que são assumidamente os donos, senhores , “já eram” porque a lei da natureza encarregou-se de lhes tirar a destreza que lhes foi tão útil para pegar em armas.Acontece que, dobradiça velha não abre porta nova, e ,por essa via, os que sabem e fazem, e os que são os pais da democracia, têm que correr a procura de outros “Ferrari” para substituir os actuais, que mesmo tendo bons motores, raramente é-lhes dada a oportunidade de lutarem pela grelha de partida.Atenção que os “putos” têm uma caminhada durissima, por mais que tenham a razão do país, são muito verdes, imaturos para os truques de gente mais calejada e com meios para virar qualquer cenário.Mas parece que os propositos desta miudagem transmitem alguma certeza e mesmo os receosos em opinar começam a espreitar por cima do muro.Torcer, torcer no silêncio para que o outro Clube ganhe pontos, é uma postura comum de quem esta fisicamente acomodado, incerto das suas convicções, quer mudanças e acredita que esses “putos” podem influenciar de fora as regras de convivência no seu casulo.Vai ser giro ver os miúdos da libertação, os miúdos da democracia e os miúdos da inclusão na luta pelo espaço do poder.Afinal, o País é deles, dos jovens os únicos que podem e como entenderem explorar a sua sabedoria para conquistar o seu mundo.Na era de digitalização só vence quem raciocina e percebe os seus principios de modo a aplica-la com criatividade e sem limitantes em qualquer campo de batalha.Convenhamos: macaco velho não tem novo truque.

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