Felizmente ninguém estava por perto porque se calhar levaria um susto com o berro de estupefacção.E isto porque? Não é possível aceitar com naturalidade afirmações segundo as quais o número de votantes a favor do adversário politico nas receentes eleições se deveu a tolerancia de ponto. Por favor, não há pai, mãe ou filho maior que faça a pé, de bicicleta ou mesmo de carro centenas de kilometros entre a sua povoação no Ruace até a sede do distrito do Gurué para votar. Mesmo que o fizesse não podia votar, visto não estar alí registado e o seu nome jamais seria encontrado naqueles cadernos. Que motivações teriam essas pessoas com todas as vicissitudes da vida arriscar em fazer 100, 150 km para votar? O que ganharia esse eleitorado votando em candidatos que nada têm a haver com sua povoação ou posto administrativo?
Afirmar que a tolerancia de ponto concedida pelas autoridades foi uma decisão para incentivar o aumento do número de pessoas junto as urnas é de todo aceitável se concordarmos da sua utilidade nos 43 municipios. Mesmo assim, a tolerancia de ponto não aquece nem arrefece, não altera em nada o quotidiano das populações como as de Chibuto,Gorongosa,Marrupa,Ulóngué, Ribaué,Gondola e outros tantos territorios municipais do interior de Moçambique. Não muda porque é um eleitorado essencialmente camponês.As quatro da manhã já está a caminho da sua sua machamba ou mercado, e ao fim da tarde está de regresso á casa. O horário é feito pelo próprio. Se não quiser colher o sua mandioca e fôr votar não há falta ao serviço e nem processo disciplinar. Tolerancia de ponto são para os trabalhadores do sector público e privado, o grupo minoritário do nosso eleitorado. Estes eleitores sim, quando não interessados em fazer valer o seu poder de voto aproveitam o tempo concedido oficialmente para tratar dos afazeres pessoais quanto mais não seja descansar á sombra da sua ampla varanda ao som de boa música e o paladar de um scotch. Portanto, vir dizer que a tolerancia de ponto foi um golpe baixo para tirar dividendos, por favor é uma ofensa as mentes racionais. As justificações por mais que sejam bem argumentadas , só justificam e não dão soluções. Quando a justificação é institucionalizada não há espaço para bons resultados. A condução, o destino de uma organização seja ela desportiva,economica, social, cultural, enfim tudo o que seja o agrupar de pessoas com um objectivo, só sobrevive se houver clareza no que se pretende. São poucos os que dão o seu capital intelectual, fisico e financeiro num negócio sem garantias, que não tem mercado, que não oferece outros produtos para ombrear com a concorrência. É confrangedor quando se persiste em não fazer uma reflexão da própria derrota e, pior ainda, no lugar disso a desculpa assenta numa fraude generalizada, mesmo com o marcador electrônico do estádio, mostrando a todos, os números do descalabro. (X)
Afirmar que a tolerancia de ponto concedida pelas autoridades foi uma decisão para incentivar o aumento do número de pessoas junto as urnas é de todo aceitável se concordarmos da sua utilidade nos 43 municipios. Mesmo assim, a tolerancia de ponto não aquece nem arrefece, não altera em nada o quotidiano das populações como as de Chibuto,Gorongosa,Marrupa,Ulóngué, Ribaué,Gondola e outros tantos territorios municipais do interior de Moçambique. Não muda porque é um eleitorado essencialmente camponês.As quatro da manhã já está a caminho da sua sua machamba ou mercado, e ao fim da tarde está de regresso á casa. O horário é feito pelo próprio. Se não quiser colher o sua mandioca e fôr votar não há falta ao serviço e nem processo disciplinar. Tolerancia de ponto são para os trabalhadores do sector público e privado, o grupo minoritário do nosso eleitorado. Estes eleitores sim, quando não interessados em fazer valer o seu poder de voto aproveitam o tempo concedido oficialmente para tratar dos afazeres pessoais quanto mais não seja descansar á sombra da sua ampla varanda ao som de boa música e o paladar de um scotch. Portanto, vir dizer que a tolerancia de ponto foi um golpe baixo para tirar dividendos, por favor é uma ofensa as mentes racionais. As justificações por mais que sejam bem argumentadas , só justificam e não dão soluções. Quando a justificação é institucionalizada não há espaço para bons resultados. A condução, o destino de uma organização seja ela desportiva,economica, social, cultural, enfim tudo o que seja o agrupar de pessoas com um objectivo, só sobrevive se houver clareza no que se pretende. São poucos os que dão o seu capital intelectual, fisico e financeiro num negócio sem garantias, que não tem mercado, que não oferece outros produtos para ombrear com a concorrência. É confrangedor quando se persiste em não fazer uma reflexão da própria derrota e, pior ainda, no lugar disso a desculpa assenta numa fraude generalizada, mesmo com o marcador electrônico do estádio, mostrando a todos, os números do descalabro. (X)
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