terça-feira, setembro 15, 2015

Estou pronto mesmo amanhã!!!!!

”EU estou pronto para me encontrar com o meu irmão Filipe Nyusi, mesmo amanhã”, assim se expressou ontem na Beira, província de Sofala, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na palestra por ocasião dos 20 anos da Universidade Católica de Moçambique (UCM).Dhlakama respondia assim a uma pergunta que lhe foi feita pelos participantes ao evento sobre as razões das constantes ameaças à paz no país.No entanto, não deixou de acusar o Governo de ter alegadamente violado o Acordo Geral de Paz de que ele e Joaquim Chissano foram protagonistas em 1992.“A palavra paz tem um significado muito importante e não e só o calar das armas”, defendeu.Afonso Dhlakama fez estas afirmações depois de ter feito uma apresentação subordinada ao tema “A Universidade Católica de Moçambique como promotora da expansão e acesso ao Ensino Superior em Moçambique”.A propósito, defendeu que a UCM desempenhava um grande papel na sociedade moçambicana que tem ainda imensas necessidades em termos de formação de quadros.“Moçambique precisa de uma nova geração de quadros qualificados ”, defendeu ainda o líder da Renamo.
UM episódio que marcou de forma singular a cerimónia de ontem se deu quando uma das três pombas soltadas pelo Arcebispo da Beira, D. Cláudio de La Zuana, postou-se mesmo em frente ao ponto onde se encontrava sentado o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.Foi um momento que prendeu a atenção dos presentes, e que paralisou momentaneamente o evento, que acabava de começar, com muitas imagens a serem registadas, enquanto Dhlakama se mantinha sentado.Não faltaram interpretações do episódio, com alguns a considerarem que a pomba estava ali para transmitir a mensagem da paz ao presidente da Renamo.Pouco depois, o pessoal do protocolo tentou retirar a pomba, mas nessa altura ela voou para uma das varandas do edifício, onde decorria a palestra.

A OUTRA figura presente nos 20 anos da UCM foi o antigo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Brazão Mazula.Abordado a propósito do acontecimento, Mazula afirmou que este jubileu da UCM que decorre sob o lema “Promovendo a Reconciliação” faz um apelo aos signatários do Acordo Geral de Paz (AGP) - o Governo e a Renamo - para que retomem com muita urgência o diálogo para essa reconciliação que se crê verdadeira.“A paz deve ser verdadeira. Como viram, foram lançadas três pombas, mas uma delas acabou não voando e ficou ali em frente dos signatários do AGP, pois estavam ali o presidente Chissano e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Portanto, é de reconciliação que temos que falar. Até a pomba nos mostrou que isso é possível, indo pousar diante dos signatários do AGP”.Brazão Mazula deixou um recado em forma de pergunta: “Por que é que nós ainda nos matamos? Por que é que o Governo e a Renamo ainda continuam a matar-se? - questionou.Mazula disse não haver motivos para os moçambicanos se matarem uns aos outros. “Não há motivos para a guerra. Que as armas se calem para sempre para vivermos em paz”, referiu Mazula.

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