quarta-feira, dezembro 04, 2013

Será desta?

O partido Renamo, o maior da oposição em Moçambique, apresentou ao secretário do Conselho de Ministros os termos de referência para a indicação de mediadores e observadores Nacionais e Internacionais, por forma a se prosseguir com o diálogo que já soma sensivelmente 24 rondas sem sucessos assinaláveis.O diálogo encravou depois da Renamo, que liderou 16 anos de guerra civil terminada em 1992, exigir a presença, na mesa do diálogo com o governo, de observadores e mediadores nacionais e internacionais. Em comunicado de imprensa hoje recebido nas redacções em Maputo,  a Renamo reitera que para as “negociações com o governo” tem apenas uma única delegação, chefiada por Saimone Macuiana, tendo, o Presidente do Partido, Afonso Dhlakama, criado uma equipe de ‘especialistas’ para assuntos de Defesa e Segurança, que somente serão requisitados para assessorar o grupo quando se abordar ‘o ponto 2 da agenda’ atinente as Forças de Defesa e Segurança ou quando se chegar a fase de preparação da reunião de alto nível entre o Presidente do Partido RENAMO e o Presidente da República, Armando Guebuza.

No mesmo documento, a RENAMO propõe, para este mês de Dezembro, três sessões semanais, como forma de se esgotarem os pontos essenciais ainda este ano.

Sobre os termos de referência para a indigitação de ‘observadores nacionais e internacionais, bem como de mediadores nacionais e internacionais’, a Renamo refere que “estes poderão ser encontrados, a nível nacional, na Sociedade Civil moçambicana, entre personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, nos vários estratos sociais que compõe o mosaico cultural, social, académico, Religioso do nosso país e a nível Internacional, na SADC, UNIÃO AFRICANA, UNIÃO EUROPEIA, EUA, e ONU’. Quanto a operacionalização, a Renamo propõe que os convites sejam assinados conjuntamente pela RENAMO e pelo Governo, dirigidos a cada uma das organizações. De acordo com a Renamo, os observadores indicados deverão acompanhar as conversações e tomar notas sobre elas e que devem ser informados sobre a data, local, hora, e agenda das conversações.No tocante a conduta, este partido avança que “eles deverão ser imparciais no cumprimento de seus deveres, e, não devem, em nenhum momento, exprimir tendenciosidade ou preferência em relação às partes; realizar suas actividades sem interferir nas negociações; abster-se de fazer comentários pessoais ou prematuros sobre suas observações, quer seja à media ou a pessoas. 

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