segunda-feira, maio 27, 2013

"Vamos vencer esta batalha"

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu este Sábado em Addis Abeba, que África irá vencer a batalha pela sua emancipação económica, uma vez que o direito de não ser pobre é lhe inalienável.Guabuza manifestou esse seu optimismo falando nas celebrações dos 50 anos da Organização da Unidade Africana (OUA) – hoje União Africana (UA), cujas cerimónias centrais decorreram este Sábado na capital etíope, sede da organização.Segundo o estadista moçambicano, que falava na sua qualidade de Presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a independência política de África – por que lutaram os fundadores da OUA - era uma meta para o lançamento duma nova batalha, que é a emancipação económica.     “Sabemos que vamos vencer nesta batalha, pois estamos todos conscientes do facto de que o direito de não ser pobre, como o direito à independência, é um direito que nos é inalienável. Por isso, a luta continua”, disse Guebuza, um dos estadistas que intervieram durante as celebrações.A UA tornou as celebrações deste seu jubileu de ouro, que decorre sob o lema “Pan-Africanismo e Renascimento Africano” como uma oportunidade para reflectir sobre os últimos 50 anos bem como para a discussão do seu plano estratégico para os próximos 50 anos.Igualmente, a organização tomou a ocasião para prestar uma homenagem aos fundadores do movimento pan-africanista e os líderes dos 32 países africanos que, estando já independentes, criaram a OUA (em 1963) pelo seu papel na libertação do continente do colonialismo e do apartheid.       Na sua intervenção, Guebuza falou do papel da região da África Austral na erradicação desses problemas e nesse contexto, destacou o nacionalista e antigo Presidente tanzaniano, Mwalimu Julius Nyerere, como “um dos mais célebres e celebrados filhos da Tanzânia e de África”.“Ele transformou o seu país em retaguarda para os movimentos de libertação, entre eles o ANC, FRELIMO, MPLA, ZANU, ZAPU e SWAPO”, disse Guebuza. Igualmente, o estadista moçambicano destacou o apoio prestado aos países sob jugo colonial e apartheid por outros defensores do ideal Pan-Africanista, como são os casos de Ben Bella, Gamal Nasser, Haile Selassie, Houphouet Boigny [Ufuwé Bwanyi], Leopold Senghor, Kwame Nkrumah, Modibo Keita e Sekou Toure.“O caminho trilhado até à nossa independência foi árduo. Muitos dos nossos irmãos e irmãs foram sujeitos a humilhação, tortura, prisão e desterro. Outros carregam consigo eternas cicatrizes e outros ainda tornaram-se mártires da liberdade que hoje desfrutamos”, anotou o presidente.Além do Presidente da República, a delegação moçambicana a este evento integra os Ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, da Cultura, Armando Artur, na Presidência para Assuntos Sociais, Feliciano Gundana, bem como a vice-Ministra da Saúde, Nazira Abdula.

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