Na componente económica, ele destacou que o país tem estado a crescer nos últimos anos, facto que poderá se incentivar cada vez mais com as recentes descobertas dos recursos minerais e hidrocarbonetos.Contudo, desafiou o país a trabalhar no sentido de fazer face aos desafios inerentes ao combate a pobreza, pois, mais de metade dos moçambicanos continuam na linha da pobreza e que há ainda muitas crianças em situação de subnutrição.“Esperamos que se desenhem estratégias adequadas para que os recursos naturais beneficiem a população”, apelou Ban Ki-moon.Ele apontou também a necessidade de o pais continuar a apostar na edificação e consolidação de infra-estruturas sociais e económicas, pois, assim, Moçambique poderá se tornar num exemplo no mundo, em matéria de desenvolvimento sustentável.Neste contexto, encorajou a participação de todos os sectores da sociedade moçambicana a trabalharem, em conjunto, para o alcance dos ODMs.Em termos gerais, Ban Ki-moon manifestou o seu optimismo quanto ao cumprimento, pelos países, das metas consagradas nos ODM’s, numa altura que faltam cerca de dois anos e meio para a data limite (2015).“No mundo, as metas do milénio são um sucesso, mas há países mais atrasados no cumprimento de alguns objectivos, particularmente na componente de saneamento”, disse aquele dirigente máximo da ONU, encorajando que “não entremos em desespero, vamos atingir as metas”.
Desta forma, Ban Ki-moon respondia aos que, desde a primeira hora, manifestaram –se cépticos em relação ao cumprimento das metas traçadas, que até chegaram a dizer que só seriam atingidas num período de 50 anos.Para ele, os países que não poderem cumprir com as metas nalguns objectivos poderão integra-los na Agenda Global da Visão Pós 2015. Aliás, esta foi o destaque da intervenção de Ban ki-Moon durante a mesa redonda.Moçambique foi seleccionado para fazer parte de um leque de 50 países que conduziram consultas públicas sobre os ODM’s Pós 2015, sendo a FDC o parceiro nacional que, em parceria com a ONU no país, vem efectuando um processo de consulta nacional desde Dezembro de 2012.O processo de consulta decorreu até Abril passado, tendo envolvido um total de 600 pessoas de diferentes extractos sociais.Em linhas gerais, segundo a presidente da FDC, Graça Machel, as pessoas reconheceram que o país está a crescer.Contudo, alertaram que ainda persistem situações de desigualdade social, desemprego, baixa produção e produtividade, entre outros males.Durante as consultas, foi recomendado que o governo deverá continuar a prestar uma maior atenção na componente de provisão dos serviços sociais básicos entre os quais saúde, educação, saneamento.Por sua vez, o governo, através da vice-ministra de Planificação e Desenvolvimento, Amelia Nakare, afirma que Moçambique está a dar bons passos no cumprimento de algumas das metas do milénio, mas reconheceu haver ainda constrangimentos relacionados com a disponibilidade de recursos, sobretudo financeiros.
“Em Moçambique há condições para o alcance dos ODMs”, disse, apontando as de combate ao HIV-Sida, educação, saúde como aquelas onde mais progressos se registam, aliado ao facto de o pais estar a registar um crescimento económico assinalável.
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