quinta-feira, janeiro 31, 2013

Esposa "rouba" ao marido Coronel


Um oficial superior das Forças Armadas de Moçambique (FADM) suicidou-se na última segunda-feira depois de alvejar mortalmente a sua esposa e enteado, alegadamente por estes terem vendido bens patrimoniais sem o seu consentimento.Trata-se de Ruben Comé, 55 anos, comandante da Base Área de Mavalane, na Cidade de Maputo. O crime, segundo escreve hoje o jornal “Noticias” ocorreu um dia depois de o coronel regressar da China, onde esteve a frequentar um curso desde Agosto do ano findo. O oficial havia deixado a esposa, Olívia Muchanga, de 45 anos, para prosseguir com os seus estudos na China. O seu regresso estava previsto para Julho próximo, mas acabou chegando de surpresa no domingo à tarde.Citada pelo diário, a sobrinha do oficial, Nareia Paulo Comé, explicou que o coronel Comé ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Maputo terá pedido ao seu primo que o esperava naquele local para o acompanhar até à casa do irmão, algures no bairro de Boquiço, no município da Matola. Não tendo encontrado o irmão, o finado pediu à cunhada que fizesse uma oração, após o que se despediu.     “Já na segunda-feira, ele foi à casa da minha tia (irmã dele) a quem disse que tudo havia acabado, fazendo crer que estivesse a se referir ao fim do curso que frequentava na China. Depois soubemos que levou a esposa e o enteado, Dormen Matimbe, com quem vivia até à Base Aérea”, revelou a sobrinha do coronel.Chegado à base aérea, manteve a mulher e o filho na viatura que ele próprio conduzia e dirigiu-se ao seu gabinete, alegadamente para se apresentar aos colegas. Ao sair do gabinete, o coronel arrancou uma arma, cujo calibre não foi especificado, a um dos três sargentos que ali se encontravam, tendo disparado dois tiros para o ar, depois contra a esposa, o enteado e no fim suicidou-se com a mesma arma. Todos morreram no local.   Ruben Come deixa seis filhos, fruto do anterior casamento e o jovem baleado deixa esposa de 20 anos de idade.  Entretanto, a polícia suspeita que a venda de uma vivenda localizada em Nampula, Norte de Moçambique, e outros bens pela esposa do Comandante, com recurso à Procuração concedida pelo marido, terá estado por detrás do crime de segunda-feira.“O finado deixou uma Procuração concedendo plenos poderes à sua esposa, Olívia Muchanga, para gerir o seu património, antes de partir para a China, num processo que não foi bem encaminhado pela senhora em cumplicidade com o filho”, disse o porta-voz da Polícia no Comando Geral, Pedro Cossa, também citado pelo jornal.O coronel, segundo Cossa, terá mais tarde recebido denúncias de familiares de que a esposa vendera todo o seu património, o que o levou a regressar de surpresa, para esclarecer o caso e recuperar os bens, caso fosse possível.O porta-voz afastou a possibilidade de o crime ter sido motivado por questões passionais, mas sim o desentendimento do casal sobre o destino dado aos bens do comandante.

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