sexta-feira, maio 28, 2010

Estupefacto!

As imagens televisivas que entraram por casa dentro não pareciam condizer com o que o jornalista ia dizendo.O que se passou na última quinta-feira de Maio em Quelimane, capital provincial da Zambézia, não encaixa na forma de ser e estar das “gentes” da terra do coco.Uma história secular de hospitalidade, que no presente não terá perdido essa caracteristica, mas sim a ruptura com a paciência, compreensão e esperança de as coisas mudarem para melhor. As informações que foram depois chegando por este e aquele conhecido e residente na terra dos “cwabos” confirmavam que as duas avenidas de acesso a cidade foram fechadas por barricadas feitas por populares.A intransitabilidade foi protagonizada por vendedores que viram as suas barracas e bancas destruídas pelo Concelho Municipal de Quelimane na calada da noite e ao que se diz , sem aviso prévio.Eram locais como outros aos milhares pelo país, onde se vendia roupa, alimentos,... uma saída para matar a fome, sabido que as cidades estão apinhadas de pessoas oriundas do campo e sem emprego.Sendo o comércio informal uma actividade sem regras, concorrendo para a sujidade da cidade e um perigo para a saúde publica, a edilidade, mandou destruir todas as barracas como forma de impedir que se faça comercio ao longo das artérias. “Queremos Pio Matos e não a Polícia”, textos escritos em pequenos cartazes fixados nas bbarricadas onde não foi ateado fogo.O Conselho Municipal pretende que os vendedores do "informal" passem para o mercado onde outrora funcionou a Feira das Actividades Económicas da Zambézia (FAE). Estes recusam-se, porque segundo soube-se, aquele local, não oferece condições, visto situar-se longe do itinerário dos potenciais compradores e lamacento em tempo de chuva. Face ao endurecimento da Polícia da República de Moçambique (PRM), disparando e lançando bombas de gaz, os amotinados contrariavam com a concentração de mais pessoas exigindo a presença do Presidente do Município. Pio Matos foi reconduzido pelo voto popular nas eleições de Novembro de 2008.



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