terça-feira, janeiro 12, 2010

Cabinda

O ataque a delegação desportiva da República do Togo na província angolana de Cabinda tem suscitado como era de esperar as mais diferente opiniões.Há por parte das autoridades locais todo um esforço em querer atenuar os reflexos que causam sempre a morte de pessoas, particularmente de estrangeiros. A chamada Frente de Libertação do Enclave de Cabinda ao que parece adormecida desde do fim da guerra não perdeu a oportunidade para chamar a atenção pelos ideias da sua luta. Um ataque terrorista, pois sendo contra pessoas indefesas não tem outro nome. O Governo de Angola na sua reacção foi contundente ao confirmar que o grupo de guerrilha refugiou-se no território da República do Congo numa resposta as relações ultimamente afectadas pelo repatriamento forçado de milhares de angolanos. Ao mesmo tempo acabou por ser ingénuo ao afirmar que o incidente com a selecção nacional de futebol do Togo uma das qualificadas para o CAN 2010 assemelhava-se ao de 1972 em Munique. Morreram na altura 11 atletas da delegação de Israel aos Jogos Olímpicos como resultado da invasão do hotel e sequestro do grupo palestino Setembro Negro. A atitude do mundo em particular o Ocidental em relação a causa palestina começou a partir da carnificina ser diferente nos eventos internacionais e reconhecida na última instancia a Organização de Libertação da Palestina (OLP) dirigida por Yasser Arafat.Na história recente, registo da assinatura de um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de cabinda ", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD).Em 2007, os efectivos da FLEC foram aquartelados e alguns deles integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa começaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais.O "Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda". A população de Cabinda que a princípio via o acordo como uma passo no sentido de desenvolver a região, tem sentido que de prático o governo central e os ex-guerrilheiros agora no governo pouco tem contribuído, visto que apesar de responder por 80% da produção de petróleo do país, tais recursos escoam pelos ralos da corrupção e burocracia de Luanda e o desenvolvimento da província ainda é um sonho distante.

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