quarta-feira, julho 22, 2009

As mulheres unem!

Passou despercebido para muitos, mas deixou alguns sinais de mudança o facto do edil da Beira ter marcado presença nas celebrações do dia da Mulher Moçambicana.De facto mais não fez se não tomar uma atitude de Estado, na pessoa de representante de uma instituição onde todos os citadinos com maior ou menor frequência necessitam dela.Estabelecido o contraste com aquela oposição que não faz para influenciar e deixa-se ficar em casa protestando os fundamentos das datas históricas nacionais.Ao tratar-se de uma figura independente no xadrez politico nacional, o Presidente do Município da segunda maior cidade moçambicana, mostrou que uma outra atitude, pode mudar a visão afunilada e politizada de momentos incontornaveis para a nação moçambicana.O seu apelo para que o 7 de Abril seja uma forma de agregar todos os nacionais, abre entre linhas a possibilidade a curto prazo de esta data e outras passarem a ser uma referencia para todos e de adesão o espontânea. Na forja um politico de visão aglutinadora, aparentemente de dificel aceitação pelos moçambicanos com outra visão para o país.Ao querer notabilizar e render homenagem as heroínas moçambicanas, o jovem engenheiro deixou passar entre linhas que a Organização da Mulher Moçambicana deve estar aberta a todos, seja quais forem as suas inclinações politicas.Ficou-se com a ideia que está interessado em inscrever na OMM as mulheres que comungam dos ideais do seu recém criado partido. Embaraçoso ou não, certo é que a acontecer os actuais lideres da Organização vão ter que fazer jus aos estatutos que a norteiam, ou seja, integração de todas a mulheres independentemente a sua filiação politica.Provavelmente se estendera a outras organizações próximas a “nossa” histórica FRELIMO, como por exemplo a dos jovens.É cedo para chegar a esta conclusão, mas é um exercício pouco comum no jovem espaço democrático nacional.Se for esta a pretensão, o edil da Beira e o seu Movimento podem estar a passar a mensagem de que há espaço para todos, e que ele só não foi ocupado devido a complexos, intriguismo e uma visão obtusa da mais valia do pluralismo de ideias.A mensagem de harmonia e respeito pelas sensibilidades do eleitor, caiu bem fundo no coração dos munícipes da capital de Sofala.A dado momento a relação reticente e medroso entre moçambicanos de cores politicas diferentes, esfumou-se sem muitos darem por ela.Exemplo recente temos da terra do “tio Sam”, durante os últimos anos odiada quase pelo mundo inteiro, e num ápice recuperou a admiração dos povos.Na senda dos homens de boa vontade, os actos valem mais que os discursos.Vamos esperar e aguardar na esperança do sol ao brilhar para todos seja de igual maneira.Na última instância caberá a cada um saber com sua inteligência tirar proveito do raio que o ilumina.

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