quarta-feira, julho 10, 2013

"Querem sabotar o país" - palavras do Presidente da Republica

Um novo esquema sobre a forma como o Ministério moçambicano de Educação (MINED) terá sido delapidado, pelo menos no ano passado, acaba de chegar ao Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), o que atrasou o envio do processo ao tribunal. Um relatório de sindicância da Inspecção das Finanças entregue ao Gabinete aponta que parte dos montantes ilicitamente sacados do ministério em 2012 saiu alegadamente para o pagamento de professores estrangeiros.O porta-voz do MINED, Eurico Banze, segundo a Radio Moçambique, escusou-se, esta segunda-feira, a indicar as áreas de ensino nas quais estão afectos os docentes estrangeiros usados para a delapidação da instituição.Bernardo Duce, porta-voz do GCCC, revelou que o documento remetido aponta que os valores retirados para aquele fim, pelo menos no ano passado, estão muito acima das reais necessidades.A ideia daquela repartição da Procuradoria-Geral da República, segundo Duce, era ter enviado o processo ao tribunal durante o mês de Junho, mas que o relatório das Finanças, uma autoridade na matéria, possui informações que não devem, de forma alguma, ser ignoradas.Nesse sentido, o Gabinete está a cruzar os dados que produziu com os do relatório da Inspecção das Finanças, na perspectiva de que, uma vez o processo enviado ao tribunal, não haja necessidade de se solicitar uma nova investigação para esclarecer eventuais dúvidas. A fonte, que segunda-feira falava em Maputo no “briefing” mensal da instituição com a Imprensa, não revelou os montantes ilicitamente desviados por um grupo de indivíduos sob a capa de estar-se a pagar salários de professores estrangeiros ao serviço de Educação no país. O desfalque registado no MINED foi descoberto em Novembro do ano passado e até ao momento não se sabe efectivamente quando é que começou, muito menos os valores fraudulentamente retirados.Informações já avançadas pelo GCCC indicam que o grupo de envolvidos inclui, para além de funcionários públicos, pessoas que nada têm a ver com o Aparelho do Estado.

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