quarta-feira, julho 31, 2013

Deixou de ser um transtorno

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) passa a exigir o número de cartão de eleitor e a assinatura dos apoiantes das candidaturas, sem o seu reconhecimento pelo notário, para as eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo. A decisão, que facilita o processo das inscrições dos partidos políticos, uma vez que antes era necessário o reconhecimento das assinaturas pelo notário, surge na sequência das reclamações feitas pelos partidos políticos ao CNE. A exigência da assinatura dos apoiantes constituía um entrave para as inscrições dos partidos políticos, visto que o número de fichas era elevado, segundo alguns partidos.
A informação foi tornada pública pelo presidente da CNE, Abdul Carimo, durante a cerimónia de abertura da sessão da plataforma de diálogo do CNE e os partidos políticos, onde explicou que a decisão foi tomada, com vista facilitar a vida dos partidos.
“Nós prometemos que traríamos, em momento oportuno, uma solução para esta questão. Discutimo-la internamente e decidimos ir pelo caminho dos partidos políticos", disse Carimo.
O representante do partido Frelimo, partido no poder, Morais Mabyeka, disse que a Frelimo louva esta iniciativa que, segundo ele, vem acautelar todas as dificuldades existentes e permite que todos os participantes as autárquicas tenham a possibilidade de participar. “Nós aprovamos isso, porque desde que o candidato tenha o Bilhete de Identidade (BI), com os seus dados, já não há nenhuma justificação”, disse a fonte.  José Manuel de Sousa, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição no país, disse também que o acto constitui um ganho para os partidos políticos.
“Foi uma petição feita por todos partidos políticos na reunião anterior. Aliás, o grande argumento que tivemos quando fizemos a petição é que nas eleições intercalares este pressuposto não foi tido em conta. Os proponentes não tinham que reconhecer as assinaturas”, afirmou Jose de Sousa.  “A questão de reconhecimento de assinatura criava grandes transtornos e levava os partidos políticos a movimentarem grande número de cartões de eleitores para os cartórios e isso, de facto, não era saudável”, sublinhou a fonte. O representante do MDM disse esperar que nas próximas eleições (legislativas e presidências) nao seja necessario o reconhecimento da assinatura dos proponentes. Quem não deixou de louvar a iniciativa foi o presidente do PIMO (Partido Independente de Mocambique), Yaqub Sinby. Na sua optica, esta é uma decisão que desburocratiza o processo eleitoral. “E é neste aspecto que gostaríamos de saudar a CNE. Compreende-se que ela é composta por pessoas experientes que estão cientes das inconveniências que o nosso país tem tido em relação a documentação das pessoas que estão a propor as suas assinaturas para o efeito eleitoral”, disse Sinby. 

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