terça-feira, julho 02, 2013

A todo o vapor por um Acordo Político!!!

A Comissão Permanente da Assembleia da  República aprovou esta segunda-feira a primeira quinzena de Agosto como período da sessão extraordinária que irá debater vários assuntos candentes do quadro sócio-político moçambicano. O Pacote Eleitoral, agora debatido entre o Governo e a Renamo não consta do rol das matérias aprova das para a sessão, mas sabe-se que é um dos temas principais a serem debatidos e que forçou o agendamento da sessão extraordinária. Esta sessão, a decorrer de 01 a 15 de Agosto, foi agendada para se debater e aprovar “em definitivo” o rol de matérias que estão a ser tratadas em sede das negociações entre o Governo e a Renamo, que precisam passar pelo crivo parlamen tar. Tal é o caso do Pacote Eleitoral que havia sido aprovado na ausência da Renamo na sala de sessões.A sessão extraordinária terá, segundo o rol de matérias a que tivemos acesso, oito pontos, nomeadamente: (1) Orçamento Rectificativo, (2) o Estatuto do Médico, (3) o Código Penal, (4) Estatuto de Prestador  de Serviços Cívicos, (5) a Lei do Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativa, (6) a Lei da Jurisdição Administrativa, (7) Projecto de Lei de Acesso à Informação e um último ponto que continua em aberto e que depende, segundo Katupha, das propostas da Renamo que ainda estão por serem apresentadas em sede da Comissão permanente. Katupha deu a entender que a Lei Eleitoral é uma das matérias a serem submetidas. “É muito provável que a Lei Eleitoral seja debatida”, disse. Segundo o porta-voz da Comissão Permanente, o deputado da Frelimo, Mateus Katupha, foi a  chefe da bancada da Frelimo, Margarida Talapa, quem propôs que  as matérias que estão a ser debatidas nas negociações fossem debatidas nesta sessão extraordinária Mateus Katupha disse a jornalistas que a Comissão Permanente  deu tempo à Assembleia da República para organizar os pontos e apresentá-los ao Parlamento, de modo a que as mesmas matérias sejam debatidas. “Não posso precisar o tempo que a Renamo terá mas deve apresentá-los a tempo de serem debatidas”.
Contrariamente ao que foi avançado em conferência de Imprensa pelo porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República, Mateus Katupha, a chefe da bancada da Renamo, Maria Angelina Enoque, diz que a inscrição de nova matéria no ponto deixado em aberto não depende da Renamo, mas, sim, do acordo político que virá (ou não) das negociações entre a Renamo e o Governo.O facto é que a Renamo sempre disse que não aceitava depositar de forma singular as propostas no Parlamento porque a bancada parlamentar da Frelimo nunca aprovou submetidas. “É muito provável que a Lei Eleitoral seja debatida”, disse. Segundo o porta-voz da Comissão Permanente, o deputado da Frelimo, Mateus Katupha, foi a chefe da bancada da Frelimo, Margarida Talapa, quem propôs que as matérias que estão a ser debatidas nas negociações fossem debatidas nesta sessão extraordinária. qualquer proposta vinda da oposição, por mais mérito que a proposta  tivesse. Mas o porta-voz da Comissão Permanente veio dizer que foi  concedido um tempo para a Renamo organizar a matéria relativa ao ponto 08. A chefe da bancada da  Renamo disse que  não pediu tempo nenhum e também não foi concedido tempo nenhum, porque quem vai depositar as propostas que irão corporizar o ponto número oito não é a Renamo, tal como disse Mateus Katupha, mas, sim, as duas delegações negociais.  A líder parlamentar da Renamo explicou, em exclusivo, que neste momento a divergência tem que ver com o acordo  político, porque, segundo explicou, o chefe da delegação do Governo disse pela primeira vez que os pontos que a Renamo colocou eram pertinentes e actuais. “É preciso que se rubrique a nível do grupo que está a negociar o acordo político. Uma vez rubricado, a bancada remete matéria a debate com base no acordo”, disse. Angelina Enoque negou categoricamente que o assunto seja da inteira responsabilidade da Renamo. “Se o ministro já disse que a nossa preocupação em relação à legislação eleitoral é justa, então vamos assinar um acordo onde concordam com a nossa proposta e levamos o acordo ao Parlamento para que a proposta seja aprovada”, disse. Para a Renamo, sem acordo político nada vai avançar porque cairá na tradicional rotina da Frelimo de reprovar tudo que vem da oposição. “Pensamos que as negociações terminam com um acordo em que as partes assinam”. No dizer da chefe da bancada da Renamo, “a bola não está do lado da Renamo. O porta-voz da comissão fala de tempo dado à Renamo, mas isso é uma mentira porque a Renamo nem sequer falou de tempo. Não foi dado tempo nenhum à Renamo, porque não precisa de tempo para solicitar. O tempo está na mesa das negociações ”. A posição da Renamo visa evitar aquilo a que a chefe da bancada apelidou de “debate de humilhação”, daí estar tudo dependente das negociações e não do alegado tem po. “As negociações é que devem produzir um acordo político. Se as negociações não derem em nada o ponto 08 cai e não é discutido. O ponto está ali à espera do acordo político. A única coisa que disse foi para se inscrever o ponto 08 e ficarmos à espera do acordo político. Assim que for rubricado submeteremos ao Parlamento. Este ponto não pode entrar na Assembleia sem acordo político porque não nos interessa um debate para sermos humilhados”, esclareceu Enoque. (M.Guente)

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