terça-feira, novembro 08, 2011

Este país é um colosso!

O Ministro britânico para África, Hery Bellingham, disse que o potencial que Moçambique detém na área da agricultura coloca o país em posição privilegiada para a atracção de mais investimentos daquele país europeu para o crescimento da actividade fundamental ao desenvolvimento socio-económico.Bellingham falava no distrito de Chókwè, província meridional de Gaza, no fim de uma visita que efectuou as instalações da fábrica “Mozfoods”, fruto do investimento britânico, cuja actividade consiste no fomento da cultura do arroz através da compra, processamento e armazenamento, para de seguida colocar o produto no mercado. O milho é também uma aposta da mesma.No distrito de Chókwè, a fonte visitou também os campos de cultivo da 'Envest', companhia do ramo da agricultura que se dedica ao cultivo horticulturas diversas, numa área calculada em 1000 hectares de terra no regadio de Chókwè.“Fiquei satisfeito com o vi e esta visita. Mostrou-me que o país tem um forte potencial para investimento na agricultura, sentimento que tanto eu quanto as empresas que aqui estão a investir partilham”, disse o ministro britânico, apontando que dos milhões de hectares de terra arável em Moçambique, apenas uma fracção reduzida é aproveitada.Os milhões de hectares que o país possui abrem, segundo Bellingham, a possibilidade de o país se tornar um grande exportador do arroz e milho produzidos no Chókwè, tanto para o mercado nacional, regional e de outras latitudes.A fonte disse, por outro lado, ter ficado satisfeita por ver especialistas britânicos a formar técnicos locais nas duas áreas (agricultura e horticultura), desde a produção, processamento e armazenamento, porque a medida que o tempo for passando haverá mais moçambicanos empregues e a assegurar os destinos do crescimento da produção.O administrador do distrito de Chókwè, Alberto Libombo, disse, por seu turno, que os dois projectos estão a gerar um valor acrescentado no desenvolvimento do distrito, sobretudo nas comunidades que estão mais próximas das empresas.Libombo disse, por exemplo, que antes da reabilitação da fábrica, todo o arroz produzido no Chókwè era processado em Palmeiras, distrito da Manhiça, província meridional de Maputo, mas com a mudança de paradigma (processamento no Chókwè) está a criar um impacto positivo para o distrito, a província e as populações em geral. A Envest, segundo o administrador, é uma empresa nova cuja produção começou este ano, mas pelas provas até aqui dadas promete ser uma grande empresa que, por sinal, ainda não começou a explorar na totalidade os 1000 hectares concedidos pela população.Libombo acrescentou que a Envest está a explorar actualmente apenas um quarto da sua capacidade e emprega trabalhadores locais. Também abriu furos de água para a população, assim como para o abeberamento do gado e, para além destas iniciativas, tem ainda a componente electrificação traduzido na montagem de posto de transformação para que a população da zona onde actua possa se beneficiar da energia.“As populações locais já têm a luz eléctrica em casa e quem tem este bem pode fazer mais alguma coisa para melhorar a sua própria vida”, disse Libombo, acrescentando que a Envest pretende construir uma clínica que vai assistir também as comunidades.O Reino Unido é um dos maiores doadores bilaterais de Moçambique, desembolsando por ano mais de 80 milhões de libras (cerca de 120 milhões de dólares). Cerca de 70 por cento do montante é destinado ao Apoio ao Orçamento, enquanto o remanescente 30 por cento vai para áreas como a saúde e HIV/SIDA, educação e infra-estruturas.

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