sábado, maio 09, 2009

A utilidade das estatísticas

Elas valem pelo seu conteúdo de relevo para os programadorese dão a estes indicações quanto ao futuro.Mas não chegam para ultrapassar as dificuldades inerentes ao quotidiano.Os que têm o poder de decisão usam geralmente as estatísticas para mostrar trabalho quantitativo.No parlamento moçambicano o desfile de números no momento de prestação de contas não difere de outros países.A oposição desgovernada “chia” por todos os lados mas já não incomoda. Ela não sabe mesmo, fora algumas pequenas excepções.Vida fácil para os escolhidos com a responsabilidade para gerir o Estado, ao ponto de se deleitarem com as incongruências dos adversários políticos.Satisfaz aos gestores de Moçambique o número de escolas, hospitais, poços de água construídos para provar a importância que dada as politicas sociais.É um risco governar para as estatísticas.Na ânsia de obter números favoráveis acabam por ocultar a realidade. Fica para segundo plano toda e qualquer estratégia de combate a crise.Resultado, continuam figurar os desiquilíbrios sociais já existentes e hipotecar o futuro das gerações mais jovens.Os jovens que libertaram a pátria moçambicana dos portugueses fascistas, aprenderam a ler e a escrever debaixo de árvores.Foram estes combatentes que mesmo sem experiência técnica asseguraram os primeiros anos de gestão de Moçambique. Valeu-lhes a escola do rigor,da disciplina,da clareza dos objectivos.Hoje são aos milhares os jovens com direito a uma escola convencional e apetrechada para receber o conhecimento técnico, uma escola que permite a falta de respeito ao mestre , corrupção e a vandalização do bem público.

Em suma, governar para os números, é o mesmo que passar um pano por cima de problemas concretos de natureza social que geram situações de desespero e afectam com especial gravidade os mais desprotegidos.A quem serve as estatísticas?

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