quarta-feira, maio 27, 2009

Grosseiros

Os gestores do Estado Moçambicano têm rapidamente de perceber que foi aberta em pleno ano eleitoral uma “cruzada” visando pressionar as vontades do país.Pensada com base na informação sistematizada pelas embaixadas dos países do ocidente com sede em Maputo, esta onda tem vindo pelo que se percebe a ser engendrada há já algum tempo.Sabem quanto Moçambique precisa dos seus apoios quer materiais e financeiros para estabilidade politica que passa necessariamente pelo funcionamento das instituições do Estado. A insistência de Washington em condicionar os apoios em projectos sociais a entrada de médicos americanos, não é mais do que começar “diplomaticamente” a deitar as regras da actual administração Obama.No mandato de Ronald Reagen, a arma foi apoiar todos os grupos contra revolucionários de países de regime socialista, depois , Bush “pai” com sansações económicas a todos aqueles que não comungavam das políticas do ocidente. Bill Clinton com duas medidas e dois pesos , acabou por ser substituído por Bush “filho” que para atingir os seus interesses partiu para o confronto militar. Agora é um senhor chamado Barack Obama que toda a África ficou contente, pelos seus laços genéticos, mas, tal como alguns políticos árabes afirmam, o novo inclino da Casa Branca é americano e, pensa como tal.

Recordo que uma das primeiras acções do presidente dos Estados Unidos, foi congelar os salários mais altos dos principais funcionários da Casa Branca, uma medida de austeridade em tempos de crise económica.

Será que a administração Obama quer que o governo Moçambicano faça o mesmo?

Obama anunciou também o endurecimento das regras para os lobistas que trabalham no governo e servem-se das suas funções para tirar proveito avisando que a transparência e o papel da lei serão o estandarte da sua presidência.

Quererão a mesma resposta do governo de Moçambique , pautando pela mesma linha dos americanos?

Barack Obama fez cem dias de governação, e durante este período de emergência económica, foi tomando medidas, de modo que as famílias americanas ao apertarem os cintos não sejam as únicas, mas que o mesmo deve ser feito em Washington, na qualidade de servidores públicos.

É esta uma das razões da interferência nas politicas do governo do nosso país?

Segundo analistas americanos a quantidade de decretos assinados por Obama até agora evidenciam um estilo que vai além do prognosticado. Para estes Obama é mais inclusivo, menos arrogante, mais conciliador, menos doutrinário e mais pragmático, não apenas na forma como administra a maior e mais influente máquina pública do planeta, como na maneira de lidar com os seus aliados e inimigos, quer na política doméstica como na externa. Os gestores do Estado Moçambicano têm rapidamente de perceber o que a América e a Europa Ocidental querem.

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