quarta-feira, agosto 07, 2013

Governados recebem visita presidencial

O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que os moçambicanos não devem permitir qualquer divisão, devendo, pelo contrário, manter a unidade e a paz, instrumentos determinantes e fundamentais para intensificar os esforços de combate a pobreza.Nos últimos anos, o país concretizou realizações assinaláveis em várias áreas como estradas, escolas, hospitais, extensão da rede de energia eléctrica, produção agrícola em franco crescimento, abertura de estradas e pontes que sem a paz e a unidade entre os moçambicanos na luta contra o inimigo comum que é a pobreza não seriam possíveis. Guebuza falava, durante um comício na localidade de Missal, Posto Administrativo de Bojane, distrito da Maganja da Costa, província da Zambézia, no quadro da sua Presidência Aberta e Inclusiva, um momento que serve para dialogar, directamente, com as populações sobre aspectos de governação.Na ocasião, Guebuza destacou que estes efeitos espelham o valor que os moçambicanos atribuem a paz e a unidade.“Nós, os moçambicanos, sabemos construir a paz e conhecemos o seu valor. Sabemos o que sofremos antes de alcançar a paz, não estaríamos como estamos hoje. Não podíamos ir às nossas machambas a vontade, não podíamos realizar as cerimónias de evocação dos nossos antepassados, até nos hospitais éramos raptados”, disse o presidente.
Hoje, porém, o país está em paz e tem estradas, telefones, que alguns moçambicanos levam consigo no bolso. Alguns têm energia eléctrica em suas casas e podem, a partir dela, desenvolver alguma actividade de renda que contribui para melhorar ainda mais a qualidade de vida das pessoas.A localidade de Missal, que dista a mais de 130 quilómetros da sede distrital da Maganja da Costa, tem excelentes níveis de produção agrária com destaque para as culturas de batata-doce, feijão, mandioca, gergelim, amendoim, arroz, cana sacarina entre outras, mas enfrenta dificuldades de escoamento do “boom” da acção agrária dos produtores.

A região ressente-se também da perda de parte considerável do seu palmar em consequência do amarelecimento letal do coqueiro, doença que dizimou milhares de plantas a nível da província e, por conseguinte, o encerramento de pequenas e médias indústrias que empregavam uma boa parte da mão-de-obra local, que se dedicava ao processamento do coco.No comício de Missal, Guebuza ouviu também casos de professores que obrigam os alunos a oferecer uma galinha para divulgar as notas de frequência, de quadros da saúde que mandam os doentes fazer limpeza na unidade sanitária local em troca de atendimento.Nessa interacção, os residentes da localidade pediram a alocação de uma ambulância destinada ao transporte de doentes em estado crítico, sobretudo as mulheres grávidas, que nalguns casos morrem a caminho da unidade sanitária.A construção de um lar para os estudantes, a reabilitação de todas as infra-estruturas devastadas pela depressão tropical “funso”, bem como a criação de condições financeiras para o alargamento das áreas de produção são pedidos que entraram na carteira de assuntos levados ao Chefe de Estado.Guebuza, que não respondeu na totalidade as preocupações colocadas pelos residentes de Missal, disse, em relação a questão das áreas de produção, que os distritos recebem um pacote financeiro na ordem de sete milhões de meticais para as iniciativas de geração de renda.Realçou igualmente que as vias de acesso às áreas de produção podem ser reabilitadas com o fundo de infra-estruturas destinado aos distritos, situação que pode ajudar a aliviar os constrangimentos enfrentados pelos camponeses após a colheita dos excedentes agrícolas.Após o comício, o presidente orientou uma sessão extraordinária da secretaria da localidade, alargada aos membros do Conselho Consultivo local, visitou a machamba da Coconut Barror na sede distrital e orientou uma reunião da sociedade civil”.

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