quarta-feira, agosto 14, 2013

F r e s q u i n h a s

Impasse “desejado” por quem?
O Governo moçambicano e a RENAMO, o maior partido de oposição no país, continuam em impasse depois da 15ª Ronda Ordinária do diálogo que decorreu ontem, em Maputo. A questão das Forças de Defesa e Segurança (FDS), despartidarização da Função Pública, as questões económicas, bem como o desarmamento da Renamo são os pontos que haviam sido agendados para esta ronda de diálogo.Contudo, a lei eleitoral foi a principal matéria que originou o impasse entre as partes nesta ronda do diálogo.A Renamo discorda com os compromissos prescritos nos termos de referência e diz que traz um dossier pronto para remeter à Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, desde que haja um acordo político com o governo. Segundo José Pacheco, Ministro da Agricultura e Chefe da delegação do Governo no diálogo, o Executivo permitiu que assinasse e procedesse a entrega desse dossier, mesmo que não tenha obedecido ao princípio de partilha com a outra parte.“Ressalvámos que devem fazer parte desse dossier as respostas que o Governo deu em que concordou com 16 por cento dos pontos que a Renamo submeteu, o correspondente a 90 por cento das suas propostas”, avançou.Por seu turno, a Renamo diz que só vai aceitar submeter a proposta da revisão da Lei Eleitoral depois de se alcançar o acordo político com o Governo.

Aumenta a despesa
A Assembleia da República aprovou ontem, em definitivo, o Orçamento Rectificativo para o ano de 2013, que prevê a alteração da despesa total de 174.954,9 milhões de meticais inicialmente programados, para 188.719,8 milhões de meticais, num incremento equivalente a 40,2 porcento.A primeira versão da Lei de Orçamento Rectificativo para 2013 foi aprovada sexta-feira última com um total por 162 votos da bancada parlamentar da Frelimo, e 40 votos contra da Renamo e o do MDM.O Governo considera que com estes indicadores houve um incremento das despesas do Estado em 13,766,2 milhões de meticais, resultante do reforço das despesas de funcionamento e de investimento interno em 7.037,0 milhões de meticais que também resultam, por um lado, do reforço nas dotações de despesas financiadas com receitas próprias e consignadas como resultado de inscrição de saldos transitados do exercício de 2012 e excessos na arrecadação registada de Janeiro a Junho e, por outro, a inscrição no orçamento das receitas das mais-valias.Justifica que houve também reforço nas despesas de investimento financiadas com recursos externos em 6.729,2 milhões de meticais, resultante de desembolsos adicionais ocorridos durante o processo de execução do Orçamento para 2013, que levou à actualização das dotações orçamentais.
Depois de 6.120 dias  
A Assembleia  da República (AR), aprovou ontem, por definitivo, a proposta de lei do Estatuto do Médico na Administração Pública, um instrumento que vinha sendo debatido há 17 anos e que estabelece os direitos e deveres desta classe profissional.A primeira versão desta lei foi aprovada semana passada na generalidade e por consenso. Na apreciação na especialidade, os membros da Comissão dos Assuntos Sociais, do Género e Ambientais voltaram a registar consenso, tendo o seu parecer colhido aprovação de todos os deputados na plenária.As maiores alterações ocorreram no capítulo sobre as Incompatibilidades, Deveres, Direitos e Regalias dos médicos e médicos dentistas em exercício da sua profissão na Administração Pública. Com efeito, da lista de deveres especiais, acrescentou-se à lei anterior o de “não considerar o exercício da medicina como uma actividade orientada para fins lucrativos, sem prejuízo do seu direito a justa remuneração, devendo a profissão ser fundamentalmente exercida em benefício dos cidadãos”.

Migração juvenil é bem vinda
O Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, defendeu ontem, em Maputo, que a migração juvenil pode promover o desenvolvimento socio-económico nacional, particularmente nesta fase em que crescem as descobertas de recursos minerais no país. Vaquina, que falava na 5ª Conferência da Juventude, por ocasião do 12 de Agosto, Dia Internacional da Juventude, sob o lema “Migração Juvenil e Desenvolvimento Sustentável”, explicou que este fenómeno deve ser visto sob dois prismas. O primeiro, relacionado com a deslocação interna de jovens moçambicanos dentro do país, que levando consigo as suas experiências podem prestar um grande contributo para o desenvolvimento do país. O segundo, no contexto internacional, pode levar os jovens a atravessar fronteiras e buscar experiências fora de Moçambique, levando consigo a Pátria, e retornar com mais conhecimentos para a mesma causa.

“Miúdos” vão vigiar o processo eleitoral
Jovens a escala nacional vão participar na observação e na monitoria das eleições autárquicas a realizarem-se a 20 de Novembro do ano em curso, bem como nas presidenciais, legislativas e provinciais de 2014. Para viabilizar tal participação, o Observatório Eleitoral (OE) e o Parlamento Juvenil rubricaram ontem, em Maputo um memorando de entendimento o qual prevê a criação de uma rede de jovens que serão envolvidos na observação de tais pleitos, debates em fóruns de candidatos e na monitoria dos conflitos eleitorais, em todos os locais onde vão decorrer as eleições locais, gerais e provinciais.Como parte de tal esforço, o Observatório Eleitoral vai participar no processo de formação e treinamento dos jovens que serão envolvidos na operação.
Falando na ocasião, o presidente do PJ, Salomão Muchanga, fez notar que nos processos eleitorais passados os jovens tiveram enorme protagonismo na observação eleitoral, corporizando mais de 80 por cento dos observadores do OE.
 Alí, há fome
A falta de chuva está a provocar bolsas de fome no distrito de Macanga, segundo revelaram ontem os residentes da localidade de Gandali, em mensagem dirigida ao Chefe de Estado, Armando Guebuza, que se encontra em presidência aberta à província de Tete. Localizada a nordeste da província, Gandali possui cerca de 31 mil habitantes, organizada em 14 aglomerados populacionais. Tem como principais actividades económicas a agricultura, produzindo milho, feijões, batata-doce, batata-reno e hortícolas. As receitas familiares são provenientes da venda de tabaco, produzido em grande escala, reforçadas com a introdução da soja.  Na mensagem, os habitantes desta localidade congratularam-se com os progressos económicos que estão a conhecer, particularmente no que concerne à construção de escolas, postos de saúde, fornecimento de energia eléctrica de Cahora Bassa, recepção de sinal de telefonia móvel, entre outros.  Contudo, solicitaram ao Chefe de Estado para interceder na disponibilização de adubos químicos para a produção de milho; fornecimento de tractores para lavrarem as terras de produção; para além da necessidade de se reabilitarem estradas para o escoamento da produção, sobretudo do tabaco que é vendido à companhia "Mozambique Leaf Tabaco", que tem no local uma unidade de processamento. "Neste momento, a nossa principal preocupação são as bolsas de fome que estão a verificar-se no nosso distrito devido à falta de chuva, que não cai desde o princípio do ano", lê-se na missiva.
Vamos lá  saber quantos somos e como vivemos
Técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Fundo das Nações para Actividades Populacionais (FNUAP) visitaram recentemente o National Bureau of Statistics (NBS) da República Unida de Tanzânia, no quadro da preparação do IV Recenseamento Geral da População e Habitação, a ter lugar em 2017 no país.Fonte do INE disse ao Notícias que a deslocação à Tanzania tinha, entre outros objectivos, permitir a troca de experiências sobre boas práticas, elevar o domínio das novas tecnologias e melhorar as metodologias de condução de censos populacionais. A ideia, segundo a fonte, é garantir que o Censo de 2017 conduza à obtenção de dados de melhor qualidade, apurados através de processos simplificados e com maior fiabilidade. Planificação e logística, metodologias, cartografia censitária e tecnologias de informação e comunicação são as áreas que mereceram atenção especial da missão moçambicana, reconhecendo a sua relevância no processo de recenseamento da população e habitação.Com os gestores do NBS a missão moçambicana procurou inteirar-se dos processos conducentes de montagem, organização, funcionamento e gestão de uma estrutura responsável pela realização de um censo populacional.
Sobejamente sabido
Jovens moçambicanos, no âmbito do seu dia internacional, reclamam os mesmos problemas de sempre, a falta habitação, emprego, bem como a má qualidade do ensino no país. Esta data celebra-se em todo mundo desde 1999, depois da resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, de 8 a 12 de Agosto de 1998.  Os jovens, que manifestaram o seu desagrado com a sua actual situação, defenderam a necessidade de o Governo moçambicano e as instituições privadas ajudá-los na procura de soluções para os seus problemas. “O Estado pode nos ajudar a ultrapassar as nossas dificuldades. Existem particulares que também podiam dar uma mão”, disse Osvaldo Namburani um dos jovens, para quem o acesso ao crédito bancário para a implementação de alguns projectos juvenis é difícil devido aos elevados juros praticados no mercado financeiro nacional.
Afinal o crime ......

O Ministro moçambicano do Interior, Alberto Mondlane, disse ontem haver um decréscimo quantitativo de crimes na província de Maputo, não acontecendo o mesmo em relação a capital moçambicana.Falando a imprensa, pouco antes de uma reunião que ele orientou e que contou a participação de altos dirigentes da Cidade e Província de Maputo, com vista delinear melhores estratégias no combate contra o crime, Mondlane manifestou o seu agrado pelo facto de a população estar a interagir com a polícia. Por isso, ele exortou para que este acto prevaleça. O Ministro reuniu-se com a Governadora da província de Maputo, Maria Jonas, o edil da Cidade de Maputo, David Simango, e o Comandante Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Jorge Khalau.Mondlane disse a jornalistas que o realiza-se na sequência da situação criminal que se tem registado nos Municípios de Maputo e Matola.

O lamento de Mondlane
O Ministro moçambicano do Interior, Alberto Mondlane, lamentou a morte do artista plástico, Alexandria Ferreira, na sequência de um linchamento popular após ter sido confundido como membro do intitulado Grupo-20 (G-20), que tem semeado terror nos municípios da Matola e Maputo. “Este tipo de acontecimentos é de lamentar. É por isso que nós recomendamos que todo o trabalho de patrulhamento deve ser coordenado pelos comandantes da polícia que estão nos postos policiais”, disse.Falando a imprensa, minutos antes de um encontro com altas individualidades de Maputo e Matola, com vista delinear estratégias no combate contra o crime, o ministro reiterou o seu apelo a um patrulhamento ordeiro em coordenação com a polícia.O malogrado fazia parte de um grupo de patrulha que foi confundindo com membros do G-20 por um outro grupo, que também se dedicava a mesma actividade.Alexandria Alex Simões Ferreirax) Ferreira era considerado um dos melhores artistas plásticos contemporâneos em Moçambique, com prémios amealhados a nível internacional. Ele nasceu em Dezembro de 1978 e entrou no mundo das artes sob tutela do seu pai em 1990.

Fome vai acabar
Os distritos costeiros de Machanga e Búzi, em Sofala, estão longe de enfrentar, este ano, o crónico problema de fome, havendo no terreno comida em abundância cujo excedente conhece uma acentuada comercialização, embora as vias de acesso constituem algum revés na livre circulação de pessoas e bens.Machanga, que conta com universo de mais de 60 mil habitantes, e Búzi, com 180 mil, têm alimentação suficiente até à colheita da produção de próxima campanha agrícola 2013/2014, segundo garantias dadas neste sentido pelos respectivos administradores, Ana Matequite e Tomé José, num informe ao governador Félix Paulo durante uma visita de trabalho à região.A confirmar esta versão, em vários encontros que o timoneiro de Sofala realizou semana passada em Divinhe, distrito de Machanga, Bândua e Grudja, no Búzi, todos intervenientes não fizeram qualquer menção à crise alimentar e, pelo contrário, aproveitaram a circunstância para realizar feira agro-pecuária.

6 mortes numa semana
Os acidentes de viação continuam a semear morte e dor nas avenidas e ruas da Cidade de Maputo.  Só na semana passada, segundo o porta-voz da Policia moçambicana na cidade de Maputo, Orlando Mudumane, foram registados seis óbitos, contra quatro em igual período do ano passado, e 11 feridos ligeiros.A Polícia aponta como prováveis causas dos sinistros o excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool e desrespeito às regras de trânsito. Ainda durante a semana finda, as autoridades policiais fiscalizaram 4.082 condutores, tendo aplicado 1.293 multas e apreendido 43 cartas de condução. Igualmente, 33 condutores foram surpreendidos a conduzir em estado de embriaguez e dois estavam numa condução sem habilitações legais para o fazer. 

Sete dias , três quadrilhas desmanteladas

A Polícia da República de Moçambique (PRM) desmantelou três quadrilhas que se dedicavam a vários crimes, dentre eles, assaltos a residências, a estabelecimentos comerciais e a bens privados. As quadrilhas foram desmanteladas nos Bairros Hulene, Ferroviário das Mahotas e Laulane, arredores da Cidade de Maputo, a capital do país.O facto foi revelado, pelo Porta-voz da PRM ao nível da Cidade de Maputo, Orlando Mudumane, no habitual briefing semanal, explicando que as quadrilhas eram constituídas por indivíduos alguns cadastrados e outros ainda na fase primária. Mudumane referiu-se a detenção de seis indivíduos surpreendidos pela PRM no bairro Jorge Dimitrov, distrito municipal KaMubukwana, arredores da capital.

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