quinta-feira, julho 25, 2019

Renamo “aflita” pede ajuda ao governo



A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, pede a intervenção do Estado contra os desertores daquela força política que decidiram formar uma junta militar e ameaçam destituir o presidente, bem como inviabilizar o processo de reconciliação em curso no paísO pedido foi formulado pelo porta-voz da Renamo, José Manteigas, em conferência de imprensa havida hoje em Maputo, e que tinha como objectivo responder as recentes declarações proferidas pela auto-intitulada junta militar.Os mesmos afirmam que dentro de 10 dias irão apresentar o novo líder daquela formação política.
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“Estamos empenhados em alcançar a paz e, por via disso, é o Estado que deve tomar as medidas preventivas. A Renamo está aparecer publicamente a distanciar-se desses homens, portanto deve haver uma intervenção do Estado e compete ao mesmo manter a segurança e a ordem pública”, disse Manteigas.A Renamo também deixou uma mensagem para sossegar os moçambicanos garantindo que o presidente do partido encontra-se “sereno e tranquilo”.
“Nós, como partido político, neste momento temos um presidente e esse presidente chama-se general Ossufo Momade. Temos um candidato às presidenciais eleito em congresso e esse candidato as eleições presidenciais do dia 15 de Outubro é o general Ussufo Momade, presidente da Renamo”, disse o porta-voz. Por isso, a Renamo distancia-se dos pronunciamentos dos dissidentes, insistindo que os seus actos constituem um atentado à paz, reconciliação nacional e a estabilidade.Segundo Manteigas, as declarações da junta militar não passam de “uma encenação e continuação do teatro gratuito que os moçambicanos foram dados a ver há uns tempos atrás”.Frisou que Momade continua empenhado com o processo da paz no país, dando continuidade aos esforços do antigo presidente do partido Afonso Dlahkama. “Nós estamos comprometidos com a paz. Estamos focados para o desarmamento, desmilitarização e reintegração (DDR). Estamos focados para as eleições de 15 de Outubro”, disse, para de seguida acrescentar, e sem apontar nomes, que “os desertores são financiados”.
A junta militar diz estar a preparar-se para indicar um novo líder, que os representará nas próximas consultas do DDR, bem como a pacificação do país. Os guerrilheiros apelam ao governo, na pessoa do Presidente da República, bem como a comunidade internacional para pararem de dialogar com Momade, para evitar que os moçambicanos sofram consequências.



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