quarta-feira, maio 04, 2016

LAM: estado de emergência

Resultado de imagem para Linhas aereas de moçambique«A companhia estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) deverá contratar um consultor para fazer uma avaliação da situação económico-financeira da empresa e apresentar opções a curto, médio e longo prazo, afirmou o ministro dos Transportes e Comunicações.O ministro Carlos Mesquita adiantou que essa avaliação destina-se a obter uma visão mais aprofundada da situação real da empresa que, de acordo com números apresentados ao primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, “não é boa.”
“Infelizmente, a situação económico-financeira da empresa não é boa e há consciência disso, uma vez que os resultados de há dois anos a esta parte assim o indicam”, afirmou Carlos Mesquita, embora não tenha avançado dados numéricos elucidativos do cenário.
No encontro à porta fechada com a administração da companhia aérea, o primeiro-ministro destacou, entre outros pontos, a importância do cumprimento dos horários dos voos, tendo em conta as constantes reclamações dos passageiros neste aspecto.
“É preciso fazer uma avaliação das rotas rentáveis que têm de ser tratadas com cuidado para que as receitas da empresa sejam maximizadas, reforçando em simultâneo a gestão”, frisou Carlos Mesquita, de acordo com o matutino Notícias, de Maputo»
A LAM tem passado por um investimento ao renovar a sua frota, na pratica com deficiência na sua manutenção e extremamente cara face as apostas feitas no equipamento adquirido.
Dos três EMBRAER 190 (um despenhou-se no Botswana) um esteve paralisado recentemente devido a danificação de um dos motores (Nampula) e ainda em reparação.
O “trio” Bombardier Q-400  tem vindo a preocupar os comandantes que acusam a qualidade de manutenção como a causa das avarias frequentes (perca de óleo afectando as manobras de descolagem e aterragem) algumas delas obrigando a decretar emergência. (Q-400 faziam parte de uma frota de 25 aeronaves vendidas pela SAS /Suíssa depois da recusa dos clientes em viajar neste modelo face à insegurança técnica).

A situação-económica da LAM tem vindo a agravar-se com o avolumar da dívida a BP, fornecedora de combustível à frota que conta ainda com mais 7 aeronaves ( 2 Embraer 120, 3 Embraer 145, um Boeing 737-500 e um Boeing 737-700).

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